Ontem (13/5), uma delegação de cientistas da Academia Chinesa de Ciências visitou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

A viagem dos chineses ao Brasil faz parte de uma agenda, elaborada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, Academia Brasileira de Ciência (ABC) e Academia Chinesa de Ciências, com o objetivo de estreitar as relações na área científica, identificar áreas de interesse comum e ampliar as cooperações. Na área espacial, os contatos entre os dois países tiveram início na década de 80.

Em 1988, foi assinado um acordo que propiciou o desenvolvimento de dois satélites de sensoriamento remoto, o CBERS-1 (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), em órbita desde 1999, e o CBERS-2, que será lançado ainda este ano. O sucesso da cooperação favoreceu a ampliação do programa, que prevê o desenvolvimento de mais dois satélites: os CBERS-3 e 4.

A delegação, formada por seis especialistas e chefiada por Lu Yongxiang, presidente da Academia Chinesa de Ciências, foi recebida no início da manhã pelo diretor do Inpe, Luiz Carlos Moura Miranda. Os chineses visitaram as instalações do Instituto e ministraram três palestras abertas aos pesquisadores do INPE: "Atividades da Academia Chinesa de Ciências", "Ciências Espaciais" e "Capacidade de Construção do Sensoriamento Remoto". Hoje a comitiva chinesa visita a Unicamp e o Laboratório de Luz Síncrotron, em Campinas (SP). Na quarta-feira, o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, recebe os chineses em Brasília.