A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) vai mapear, nos próximos dias, os arredores da área contaminada com solventes pela indústria química Proquima, no bairro Mansões Santo Antônio.

O objetivo do mapeamento é evitar que moradores da região sejam atingidos pelos solventes que contaminaram o lençol freático do terreno, onde a fábrica funcionou por 25 anos até ser interditada pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), na década passada. Somente no terreno, de 16 mil metros quadrados, moram 45 famílias, que não correm risco de serem afetadas, segundo análises da Cetesb. Mas os vizinhos não estão livres da contaminação.

O local foi adquirido há quatro anos pela construtora Concima, que construiu três edifícios sobre a área afetada. Um deles teve suas unidades vendidas e abriga as 45 famílias. Outros dois estão em fase de acabamento, mas permanecem interditados até que o terreno seja descontaminado, conforme determinou a Cetesb. De acordo com relatórios preliminares, a poluição atingiu o lençol freático e chegou a um córrego próximo ao local.

O técnico da Coordenadoria, Flávio Gordon, explicou que é preciso identificar se há moradores usando a água do córrego e de poços artesianos, já que a região abriga basicamente chácaras.