O Brasil vai bem e mal na proteção ao ambiente. As contradições foram divulgadas nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no primeiro relatório sobre desenvolvimento sustentável. Dos 50 indicadores do documento, 18 alertam para o meio ambiente.

O mapeamento servirá de base para o relatório a ser apresentado pelo Brasil na cúpula mundial Rio+10, entre 26 de agosto e 4 de setembro, em Johannesburgo, África do Sul. Na Rio+10, os países tentarão resgatar os compromissos da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92.

A parte alentadora do balanço do IBGE é a queda no consumo dos gases CFCs (clorofluorcarbonos), que abrem rombos na camada de ozônio. Em 1997, o país utilizava 10,8 mil toneladas da substância nociva. Em 2000, foram 8,5 toneladas. Outro indicador positivo é o das áreas de conservação ambiental. Em 10 anos, os parques e reservas aumentaram para 217. A direção do IBGE observou que o relatório está incompleto.

Faltam “lacunas importantes”, como dados sobre recursos hídricos, uso e qualidade de água, erosão e perda de solo e emissão de gases que provocam o efeito estufa (aquecimento global). No entanto, ambientalistas saudaram a iniciativa.