Pesquisadores de instituições e universidades brasileiras apresentaram, no Inpe, projetos em diversas áreas que fazem uso de imagens obtidas a partir de radar a bordo de satélites de sensoriamento remoto. O "I Workshop de Usuários do MAPSAR – Radar de Abertura Sintética para Múltiplas Aplicações", realizado em 15 de abril, fez parte do processo de revisão e avaliação do Programa Espacial Brasileiro (PNAE), sob a responsabilidade da Agência Espacial Brasileira (AEB) e Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O encontro teve o objetivo de avaliar missões de futuros satélites brasileiros que possam fazer uso de tecnologias de radar. A tecnologia, considerada inovadora na área de sensoriamento remoto, conta atualmente com usuários do próprio Inpe, Petrobras, SIPAM (Sistema de Proteção da Amazônia), Universidade do Pará, Embrapa, entre outras instituições. "O MAPSAR refere-se à concepção de um projeto preliminar de viabilidade de radar imageador orbital, em desenvolvimento entre o Inpe e o DLR (Agência Aeroespacial da Alemanha). Neste Workshop foi possível levantar, de modo inicial e abrangente, os requisitos dos principais usuários nacionais, com "massa crítica" em SAR, nas várias áreas de aplicações", declarou Waldir Paradella, coordenador do evento. Os produtos de radar são obtidos por satélites europeu (ERS), japonês (JERS) e canadense (RADARSAT). Uma das principais vantagens da tecnologia é a possibilidade de se obter imagens da superfície da Terra mesmo em dias de céu encoberto, um problema para os usuários que utilizam imagens obtidas a partir de sensores ópticos. As imagens de radar são geralmente utilizadas em projetos nas áreas de geologia, oceanografia, estudos costeiros, vegetação, planejamento urbano, cartografia, entre outras.