O problema do desenvolvimento sustentável da carcinicultura tem preocupado a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace). Hoje, não se sabe qual a real extensão de área de mangue no Estado, nem o que já teria sido destruído.

A questão motivou o envolvimento de vários órgãos estaduais a fazer um estudo e identificar a real situação das áreas de preservação ambiental existentes no Ceará. O trabalho, que deve ficar concluído até o fim do ano, pretende mapear essas áreas, identificar em que condições se encontram, e definir o que fazer para tentar recuperar o que já está degradado. Após a conclusão do trabalho, a intenção é formar uma força tarefa para fazer o monitoramento e a recuperação das áreas já destruídas.

A força tarefa deverá atuar em três frentes. A primeira seria fazer o monitoramento para evitar novas agressões aos manguezais. O segundo passo é partir para fazer o reflorestamento em áreas atingidas, visando evitar o assoreamento dos rios.

O terceiro ponto é estabelecer a capacidade de carga dos recursos hídricos do Estado, para saber se ainda podem receber o material oriundo dos viveiros. Independente do estudo, ainda em setembro a Semace irá reunir os diversos órgãos envolvidos com a questão para discutir a melhor forma de convivência entre empresários e órgãos fiscalizadores. Duas reuniões preparatórias com empresários foram realizadas em julho. Neste mês o encontro contará com a participação do Ministério Público estadual.