A Aracruz Celulose e a Companhia de Navegação Norsul firmaram parceria para mapear os pontos do litoral que são rotas de baleias das espécies jubarte e franca no litoral do extremo-sul da Bahia. Por causa da grande população de baleias, a direção da Aracruz tomou a iniciativa de pedir ao Instituto Baleia Jubarte um mapeamento dos pontos de maior concentração dos cetáceos para não provocar acidentes durante o transporte de madeira entre os portos de Caravelas (BA) e Barra do Riacho (ES), uma distância de aproximadamente 200 quilômetros.

"Nós iniciamos esse trabalho no inverno do ano passado, sobrevoando a costa desde Salvador até o Espírito Santo e recentemente repetimos o mapeamento", contou a oceanógrafa Cristiane Cavalcante Albuquerque Martins. A bióloga Márcia Engel, diretora nacional do Instituto Baleia Jubarte, informou que em agosto os técnicos realizaram dois sobrevôos na região para a fotoidentificação de fêmeas de baleia franca acompanhadas de filhotes.

"A intenção é planejar ações para diminuir os impactos causados tanto pelo tráfego de embarcações quanto por outras motivos que perturbam a fauna marinha como redes de pesca e ruídos de sísmica provocados pela prospecção de petróleo", disse. A bióloga salientou a importância do trabalho de mapeamento e acompanhamento devido à área do Arquipélago de Abrolhos ser um verdadeiro berçário de cetáceos ameaçados de extinção como a baleia franca.