A Agência Espacial Brasileira (AEB) confirmou que foi adiado para o primeiro semestre do próximo ano o lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-2). O satélite já se encontrava na China, pois seria lançado neste mês de setembro, quando técnicos detectaram falhas em alguns equipamentos.

"O adiamento foi necessário, pois a partir de outubro inicia-se o inverno na China e não haveria possibilidade de serem substituídos os componentes defeituosos antes deste período", afirmou Luiz Carlos Miranda, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O CBERS-2 será lançado do Centro de Lançamento de Taiyuan, na província de Shanxi, a 800 km de Beijing. O satélite faz parte de um programa de cooperação espacial entre o Brasil e China. Os termos de um novo acordo entre os dois países para o desenvolvimento de mais dois satélites de sensoriamento remoto – os CBERS 3 e 4 -, estão em fase final de negociação.

No início de outubro, haverá uma nova rodada de negociação para concluir o termo técnico do novo acordo, que poderá ser assinado até o final do ano, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, durante visita à China. Os dois novos satélites vão custar US$ 200 milhões, deste total US$ 150 milhões serão aplicados na construção do satélite e US$ 50 milhões nos lançamentos. Cada parceiro participa com 50% dos custos.

O CBERS-3 está previsto para ser lançado em 2005 e o CBERS-4 em 2008. O CBERS-1 foi lançado em 1999 e tem gerado imagens sobre desmatamentos e queimadas na Amazônia, previsões de safra, planejamento urbano, cartografia, hidrologia e geologia.