Os Ministérios do Meio Ambiente e da Marinha firmaram acordo para melhorar a fiscalização da poluição provocada por navios. O acordo permitirá o mapeamento de áreas de alto risco de acidentes ambientais. Ainda serão mapeadas as áreas de risco de acidentes ambientais por vazamento de óleo. O mapa identificará os ecossistemas mais frágeis, o que contribuirá para decisões de controle de poluição em caso de acidente por petróleo. A fiscalização nestas zonas será redobrada.

A falta de controle tem permitido a proliferação de uma espécie de mexilhão dourado, vindo de águas asiáticas e capaz de afetar o equilíbrio ambiental. Do tamanho de uma unha, o mexilhão viaja encrustrado no casco das embarcações ou vem misturado à água de lastro, colocada nos navios para melhorar a navegabilidade. Quando descarregam as mercadorias, os navios se livram do lastro, sem qualquer controle prévio. O mexilhão foi identificado pela primeira vez em 1991, no balneário Bagliardi, na Argentina, onde a população desses moluscos passou de cinco para 36 mil por metro quadrado.

Em dez anos, o mexilhão percorreu 1.100 quilômetros da Bacia do Prata e chegou a Itaipu. Biólogos já estão tentado controlar o molusco, com receio de que sua proliferação obrigue a usina a paralisar as atividades, apenas para retirar os mexilhões das turbinas. Quanto a acidentes por vazamento de óleo, o maior já ocorrido foi na Baía da Guanabara, por falha em dutos da Petrobras. O Ministério do Meio Ambiente acredita que a empresa está tentando reverter o passivo ambiental, modernizando seus equipamentos.