Durante o ato de assinatura do acordo Brasil-China para a construção dos satélites CBERS 3 e 4, que aconteceu na semana passada, o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, disse que o uso do sensoriamento remoto é uma das maiores contribuições da tecnologia espacial para a melhoria efetiva das condições de vida da população.

"Trata-se de instrumento que se revelou essencial para o estabelecimento de políticas públicas, em temas como monitoramento do desflorestamento e de queimadas, planejamento urbano, avaliação de produção agrícola e preservação do meio ambiente", ressaltou. Sardenberg disse que a partir do lançamento do satélite CBERS-1, em outubro de 99, o Brasil e a China alcançaram a completa autonomia na geração de imagens de sensoriamento remoto sobre todo o planeta. No lado brasileiro, as imagens do CBERS-1 são recebidas operacionalmente na estação do Inpe em Cuiabá e estão sendo utilizadas para aplicações tão diversificadas como o monitoramento florestal, avaliação da expansão da safra agrícola e do crescimento urbano.

O satélite CBERS-2 encontra-se em fase final de integração e tem lançamento previsto para julho de 2003, de modo a assegurar a continuidade do Programa até 2006, quando será lançado o CBERS-3. "A configuração dos sensores prevista para os dois novos satélites representa um singular salto de qualidade, seja com relação aos CBERS-1 e 2, seja comparativamente aos satélites de sensoriamento remoto previstos no mundo inteiro no curso desta década. O CBERS-3 e o CBERS-4 foram projetados com a combinação de quatro diferentes sensores, que detêm capacidades complementares em termos de resolução espacial, área de cobertura, recobrimento do espectro eletromagnético e tempo de revisita", explicou o ministro.