A Agência Espacial Brasileira (AEB) confirmou que foi adiado para o primeiro semestre do próximo ano o lançamento do Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-2). O satélite já se encontrava na China, pois seria lançado em setembro, quando técnicos detectaram falhas em alguns equipamentos. "O adiamento foi necessário, pois em outubro começa o inverno na China e não houve possibilidade de serem substituídos os componentes defeituosos antes deste período", afirmou Luiz Carlos Miranda, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O CBERS-2 será lançado do Centro de Lançamento de Taiyuan, na província de Shanxi, a 800 km de Beijing.


Lançamento do CBERS-1

O satélite faz parte de um programa de cooperação espacial entre o Brasil e China. Os termos de um novo acordo entre os dois países para o desenvolvimento de mais dois satélites de sensoriamento remoto – os CBERS 3 e 4 -, estão em fase final de negociação. Os dois novos satélites vão custar US$ 200 milhões, e deste total US$ 150 milhões serão aplicados na construção do satélite e US$ 50 milhões nos lançamentos. Cada parceiro participa com 50% dos custos. O CBERS-3 está previsto para ser lançado em 2005 e o CBERS-4 em 2008. O CBERS-1 foi lançado em 1999 e tem gerado imagens sobre desmatamentos e queimadas na Amazônia, previsões de safra, planejamento urbano, cartografia, hidrologia e geologia.

CPRM coordena projeto do mapa da América do Sul

O conhecimento adquirido pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no uso da tecnologia GIS para o desenvolvimento de mapas geológicos avançou tanto nos últimos anos que a empresa foi convidada pela agência das Nações Unidas para a Ciência e Educação (Unesco) a coordenar o projeto Carta Geológica do Mundo na América do Sul. O primeiro resultado já apareceu, com lançamento do mapa geológico do continente sul-americano, na escala 1:5.000.000, em Montevidéu. Foi a primeira vez que se elaborou um mapa geológico em linguagem GIS para a América do Sul. A CPRM lança o protótipo do mapa da América do Sul, em linguagem GIS, na escala 1:2.500.000, também em novembro, no Palácio da Geologia, quando será mostrada a carta ao milionésimo. O convite para representar a América do Sul no projeto Carta Geológica do Mundo coloca a geologia do Brasil numa situação de liderança no continente, no que se refere às geociências. O Brasil, aliás, está adiante na geração de mapas geológicos em linguagem GIS. Não são todos os países europeus, por exemplo, que têm mapa em escala tão precisa e a mesma tecnologia. A Comunidade Européia ainda produz o mapa na escala 1:2.500.000. Em GIS, o continente tem o mapa em escala 1:5.000.000.

Encontro de Cartografia em Belém

O "I Encontro de Profissionais e Usuários de Cartografia na Amazônia" foi realizado entre os dias 16 e 18 de outubro em Belém. O evento, promovido pela coordenação estadual da Sociedade Brasileira de Cartografia do Pará, buscou a integração de instituições e profissionais dos Estados da Amazônia que trabalham com Cartografia, Geodésia, Fotogrametria, Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento. O encontro apresentou experiências e discutiu normalizações e critérios para trabalhos em cartografia digital e sistemas de informação. Durante três dias foram realizadas diversas palestras, abordando temas como o mapeamento sistemático na Amazônia, o monitoramento de queimadas e desmatamento de áreas no Estado do Pará, a Cartografia como instrumento de localização, a importância do projeto Sivam na atualização cartográfica na Amazônia e, ainda, a apresentação de instrumentos econômicos para planejamento sustentável da região. O encontro contou com uma exposição de Cartografia Histórica, com 20 mapas da coleção do Ministério das Relações Exteriores, desde 1600 até hoje. "A exposição de cartografia histórica deste acervo é uma verdadeira arte em cartografia", destacou o engenheiro Paulo Amaral, membro da SBC-Pará.

Simpósio marca nova etapa do Geoprocessamento no Nordeste

Em Aracaju, o 1º Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto, realizado nos dias 17 e 18 de outubro no Centro de Convenções de Sergipe, destacou como as geotecnologias têm demostrado sua importância nos últimos anos a partir de sua utilização como ferramenta para a tomada de decisões no planejamento urbano e ambiental, no setor agropecuário, além da implantação de projetos de comunicação, energia e transportes. "O evento teve 275 inscritos e a participação de 30 instituições. Em breve estarão disponíveis os anais na página do laboratório que está sendo reformulada (www.cpatc.embrapa.br/labgeo)", informa a pesquisadora Eliana Lima da Fonseca, do Laboratório de Geotecnologias Aplicadas da Embrapa Tabuleiros Costeiros, instituição promotora do evento. Sem dúvida, foi plenamente atingido o objetivo maior do simpósio, que era o intercâmbio com outras instituições para discutir a implementação dessas tecnologias na região Nordeste do Brasil, com a apresentação de trabalhos técnico-científicos, palestras e mesas-redondas abordando agricultura de precisão, monitoramento ambiental e planejamento urbano como linhas temáticas. Com o sucesso do Simpósio, espera-se uma nova etapa na expansão do conhecimento e da utilização destas técnicas no Nordeste brasileiro.

Viaturas serão monitoradas por GPS

O Departamento de Investigação de Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo ganhou 20 novos carros que serão monitorados via satélite. Além de aumentar a segurança dos policiais, o novo sistema mostra onde eles estão trabalhando e ajuda a evitar possíveis desvios de conduta. A operação possibilita, por exemplo, a organização de cerco a traficantes e o apoio aos agentes em possíveis confrontos. Numa etapa mais avançada, o programa deverá treinar os agentes do Denarc para o uso de palmtops (computadores de mão) e equipar com microcâmeras os carros da polícia. O secretário de Segurança Pública, Saulo Castro de Abreu Filho, pretende expandir esse equipamento para os carros de outros departamentos das Polícias Civil e Militar. Além do monitoramento dos carros, por meio de GPS, o secretário pretende instalar outras inovações tecnológicas. A exemplo do que vem sendo feito nos carros das polícias de muitos Estados norte-americanos e canadenses, devem ser instalados laptops (computadores portáteis) e microcâmeras nas viaturas. O sistema deve funcionar da seguinte maneira: agentes treinados poderão acompanhar e orientar a movimentação dos carros pelo computador, que vai exibir a localização de cada um. O software utilizado permite que o carro seja acompanhado em qualquer Estado brasileiro e até mesmo em alguns países vizinhos.

Autodesk realiza Expo GIS 2002

Nos dias 5 e 7 de novembro, no Rio de Janeiro e em São Paulo, respectivamente, a Autodesk realizou o "Expo GIS 2002" para apresentação de suas soluções para diversos setores do mercado, como governo, telecomunicações, serviços básicos, recursos naturais, petróleo e gás. Os seminários mostraram aplicações práticas de mapeamento, gerenciamen-to de infra-estrutura e engenharia civil para diferentes necessidades. A Autodesk levou a gerentes e diretores a integração das novas versões dos seus produtos, como Autodesk OnSite, Autodesk Civil Series, Autodesk Map Series, Autodesk® GIS Design Server e Autodesk MapGuide, além das aplicações reais para cada um dos mercados verticais. "Nossa proposta é sempre mostrar que a Autodesk possui uma solução GIS disponível e adaptável às necessidades próprias de cada setor", explica Alfredo Salas, gerente regional de vendas Sul da companhia. "Isso permite ao cliente a flexibilidade que ele necessita para aperfeiçoar seus projetos, diminuir a margem de erros e aumentar a produtividade na empresa".


Acir Marteletto, Martin Moreno, Alfredo Salas, da Autodesk, e Emerson Granemann, da infoGeo, no evento em São Paulo

União da Vitória prepara Plano Diretor Georreferenciado

O município de União da Vitória, no Paraná, implantou um sistema que está gerando os mapas necessários ao desenvolvimento de seu Plano Diretor. "O sistema, em linguagem Avenue, foi desenvolvido junto com o Paranacidade. São 10 grupos de informações, sendo que possuímos dados de indicadores sociais e econômicos, gráficos comparativos, e outras funções", conta Anderson Luís Mattiola, coordenador de Informática da Prefeitura de União da Vitória. Segundo ele, o sistema permite uma reimportação dos dados do GIS, que estão em constante atualização, para o Sistema do Plano Diretor, possibilitando comparações entre os mapas.


GIS de União da Vitória

O trabalho de geoprocessamento começou em 1998, quando o governo do Paraná disponibilizou a cartografia digital do município. "A partir daí, digitalizamos os lotes e eixos, amarramos e desenvolvemos um sistema de geração de dados dos cadastros da prefeitura para visualização no ArcView. Após esta fase, partimos para digitalização de tudo que possa ser georreferenciado. No começo do ano passado, como estávamos mais adiantados em GIS, o governo estadual resolveu financiar um Plano Diretor Georreferenciado, baseado em geoprocessamento", continua Anderson. Entre as diversas informações, estão mapeados o fluxo de trânsito, contagem de veículos por segmento, população por quadra (IBGE), doenças infecto-contagiosas, criminalidade e acidentes dos anos de 2001 e 2002, trabalho este realizado em parceria com a Polícia Militar da cidade. "Mapeamos também a área rural, a partir de cartas do IAP de 1:10000, lotes rurais, estradas, hidrografia, pontos turísticos (cerca de 70 cachoeiras e grutas). A partir de fotos de satélite mapeamos a vegetação nativa e reflorestamentos, temos mapas de tipos de solo e em breve partiremos para as curvas de nível da área rural. Enfim, temos tudo que conseguimos imaginar, e estamos procurando mais coisas para digitalizar e lançar informações", conclui Anderson.

Congresso e feira do Cobrac apresentam novidades

O Cobrac – Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário reuniu a comunidade cartográfica, na semana passada em Florianópolis, para discutir instrumentos para a modernização pública e gestão territorial. Entre as mesas-redondas, foi destaque a que discutiu a lei 10.267, sobre o cadastro dos imóveis rurais. Na capital catarinense, foi divulgada a realização de um evento reunindo Incra, Irib e corregedores em São Paulo, oportunidade em que será assinado o tão aguardado decreto que regulamentará a Lei 10.267. O Incra informou que em breve disponibilizará em seu site o Manual de Cartografia Fundiário, com as metodologias e tecnologias para o georreferenciamento de acordo com a nova legislação.


Evento recebeu bom público

Além das atividades do Congresso, o Cobrac também promoveu uma feira do setor de geotecnologias, que registrou intenso movimento durante os quatro dias do evento. Entre os expositores, algumas novidades, como a apresentação do Departamento de Fotogrametria e Cadastro da Alezi Teodolinen, empresa que está representando o INPHO GmbH – Sistema Fotogramétrico Digital. "O evento foi importante para a realização de contatos e parcerias futuras e, principalmente, para a divulgação das novas tecnologias", declarou Marcos Guandalini, da Alezi, que ainda lançou no evento o Pro Mark Cinemático. A linha de GPS da Magelan também estava exposta na feira, bem como o sistema MT-Coleta para cadastro georreferenciado. Para Rubens Manfra, responsável pelo Departamento de Locação da Manfra, revedendora dos equipamentos da Leica, o evento foi satisfatório para o contato com clientes novos e antigos, e também por causa da presença de prefeituras que visitaram a feira. Já no mercado de Aerofotogrametria, a grande novidade foi o anúncio da certificação ISO 9001 da Base Aerofotogrametria SA. "Para um evento deste porte, o retorno foi bom", comentou Fátima Tostes, diretora de Produção da Base.

OmniSAT do Ibama utiliza tecnologia de rastreamento

O Ibama implantou um sistema de monitoramento em tempo real, via satélite, para enfrentar as fraudes na exploração, no transporte e no comércio de madeira e derivados na região amazônica. Utilizando técnicas de geoprocessamento adotadas contra roubo de cargas, uma das principais inovações do OmniSAT é a substituição da guia manuscrita de Autorização de Transporte de Produtos Florestais (ATPF) por um modelo eletrônico que permitirá identificar com segurança a origem do produto e dificultar as ilegalidades. Trabalham como parceiros do Ibama o Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia) e a Autrotac, empresa responsável pela tecnologia. O sistema está sendo financiada pelo Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7). O coordenador do ProManejo, Antonio Carlos Hummel, informou que quatro madeireiras participarão do projeto-piloto. Duas do Pará (a Cikel Brasil Verde S/A e a Lisboa Madeireira), e duas do Amazonas (a Gethal Amazonas e a Mil Madeiras). O sistema rastreará todo o percurso da madeira extraída por estas empresas: a exploração na floresta, o transporte, o beneficiamento nas indústrias e a venda no comércio. O sistema de monitoramento da madeira alertará permanentemente os fiscais do Ibama sobre os indícios de fraudes.

Mercado de lançamento de satélites é de US$ 4 bilhões

O projeto Ucrânia, que prevê o lançamento de foguetes ucranianos da série Cyclone 4 a partir de Alcântara, no Maranhão, é hoje a única alternativa concreta que o Brasil dispõe para iniciar o processo de utilização comercial da base de Alcântara. Os dois países trabalham atualmente com a expectativa de, em cinco anos, lançar uma média de seis foguetes por ano de Alcântara, a um custo estimado de US$ 40 milhões por lançamento. A Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Agência Espacial Nacional Ucraniana (NSAU) também estão trabalhando juntas na elaboração de um plano de negócios para Alcântara. Pelo acordo inicialmente acertado entre Brasil e Ucrânia, as operações de lançamento do Cyclone 4 no CLA serão coordenadas por uma joint-venture constituída pelos dois países. A empresa deve contar com a participação de estatais do Brasil e da Ucrânia e será gerenciada pelas agências espaciais dos dois países. A operação comercial de Alcântara garante ao Brasil a oportunidade de disputar uma fatia do mercado mundial de lançamentos, estimado em US$ 4 bilhões por ano e equivalente a 60 operações. Só este ano, segundo previsão da empresa de consultoria americana Frost and Sullivan, serão realizados uma média de 54 lançamentos no mundo. A base de Alcântara é considerada estratégica para lançamentos, pois sua proximidade com a linha do Equador permite que os foguetes tenham um bom aproveitamento da velocidade de rotação da Terra. Com isso diminuem-se os gastos com combustível e os custos, o que torna Alcântara uma base competitiva em relação aos outros centros de lançamento.

Polícia do Rio utiliza a geoinformação para prender traficante

A prisão do traficante Elias Maluco, em setembro, mostrou como a Polícia Civil do Rio de Janeiro está utilizando a geoinformação. De acordo com a instituição, foi realizado um trabalho minucioso sobre o mapa do Complexo do Alemão. Depois de recolher informações através do Disque-Denúncia e do monitoramento das ligações do traficante, os policiais mapearam a favela. Com isso, foi possível estabelecer a área na qual estaria escondido o traficante. A partir daí, a polícia passou a se preocupar com a obtenção de mandados de busca e apreensão. Para que não houvesse nenhum equívoco, os policiais descreveram com minúcias casas, muros e até portões, muitas vezes informando a cor e detalhes de localização para solucionar problemas como ruas sem nome e casas sem numeração. Desta forma, os policiais puderam vasculhar grandes áreas residenciais da favela munidos de mandados de busca e apreensão concedidos pela Justiça. O trabalho de levantamento foi resultado de uma parceria entre a Delegacia de Homicídios, a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). O delegado Paulo Passos explicou que cada unidade contribuiu com seu arquivo de informações sobre o Complexo do Alemão. O resultado foi a delimitação de um quadrante formado pelas ruas Joaquim de Queiroz, Itararé, Paranhos e João Rego até o alto do morro, englobando um universo de dez mil imóveis. Com isto, o juiz da 1º Vara Criminal, Alexandre Abraão, concedeu os mandados de busca e apreensão que respaldaram a ação da polícia.

Microton recebe Master de Ciência e Tecnologia

A Microton Informática, de Blumenau (SC), recebeu no final de setembro o Prêmio Master de Ciência e Tecnologia 2002. "É um reconhecimento às organizações que conquistaram credibilidade no mercado após as suas atuações e projetos", declarou Milton Pascoal Campagnolo, gerente de Produtos da Microton. Uma das soluções da empresa catarinense é o MTColeta, software destinado ao cadastra-mento de imóveis, atividades econômicas, logradouros, consumidores e contribuintes com recursos de desenhos de croquis georreferenciados em campo. O MTColeta serve para atualizar as bases cadastrais e cartográficas, integrando as áreas operacional e comercial de empresas públicas ou privadas que prestam serviços à comunidade. Totalmente informatizada, a solução tem três módulos: MTPlanning, MTServer e MTColeta. Os dois primeiros são instalados no PC, e o MTPlanning serve para planejar os serviços que serão executados nos handhelds. O MTServer gerencia todo fluxo de dados entre a base cadastral e cartográfica da retaguarda com o handheld. O MTColeta é instalado no handheld e é responsável pela coleta de dados georreferenciados em campo. "O maior benefício oferecido às prefeituras nesta solução é o gerenciamento do processo automatizado, requerendo o mínimo de interferência pessoal no fluxo de informações, o que garante a qualidade dos dados coletados e, consequentemente, a maior produtividade e o menor custo operacional", explica Milton Pascoal. O coletor permite que numa mesma visita ao imóvel se faça a atualização do cadastro imobiliário, do cadastro de atividades econômicas e do cadastro de infra-estrutura, tornando viável a implantação do cadastro único. Mais informações através do telefone (47) 323-4666 ou no site www.microton.com.br.


Milton Pascoal Campagnolo, gerente de Produtos da Microton, ao receber o prêmio

Serviços LBS podem alcançar US$ 3,9 bilhões até 2004

A Sisgraph, representante exclusiva da Intergraph no Brasil, está investindo em sistemas para LBS (Serviços Baseados em Localização). Um deles, o IntelliWhere, traz o benefício de acesso sem fio, utilizando dados como mapas inteligentes e dinâmicos, diagramas ou informações corporativas através da conexão on-line a sistemas de informações geográficas (GIS). Este novo sistema viabiliza os serviços LBS, pois disponibiliza mapas digitais para PDAs (os menores micros de mão). A tecnologia LBS está ganhando força no mercado. Softwares, dados geográficos, tecnologia de comunicação, computadores de bolso ou embarcados e celulares estão se integrando para auxiliar o dia a dia dos usuários e corporações. Segundo o Strategis Group, a expectativa de venda mundial deste segmento de softwares para serviços de apoio à localização (LBS) é de US$ 3,9 bilhões em 2004. Os serviços baseados em localização permitem a execução de análises de rotas e consultas espaciais no formato XML de qualquer equipamento móvel. O software tem interface muito simples, exigindo pouco conhecimento do usuário. Com poucos toques na tela do PDA, um trabalhador de campo pode realizar pesquisas, efetuar comandos de zoom para checar detalhes de local, capturar coordenadas, além de editar atributos e atualizar uma base central. Mais informações através do site www.sisgraph.com.br.


IntelliWhere é próprio para LBS

Bahia Sul terá banco de dados ambiental

A TRN Tecnologias em Recursos Naturais está desenvolvendo para a Bahia Sul Celulose um banco de dados georreferenciado de informações ambientais. De acordo com a empresa, o objetivo é organizar uma base de dados para integrar a gestão ambiental, disseminar informações entre todos os setores e propiciar futuras análises, relacionando as variáveis coletadas com outras informações ambientais. "Esse banco de dados será desenvolvido dentro do conceito BADAM, criado por nós", explica Fernando Frosini de Barros Ferraz, sócio-diretor da TRN. Baseado na tecnologia ESRI, o projeto envolve a coleta georreferenciada de mais de 40 variáveis relacionadas a meio ambiente e atividades antrópicas que atuem sobre ele nas áreas da empresa. Todas as informações são georreferenciadas e estão associadas a imagens digitais, podendo ser consultadas por qualquer setor da empresa. "Nesta primeira fase dos trabalhos serão desenvolvidos o banco de dados, a base cartográfica, coletadas informações em campo e a interface gráfica para atualização e consulta, baseada na plataforma ESRI ArcView. Posteriormente, poderão ser incorporados o uso de coletores de dados baseado em mapas georreferenciados (sistema GeoColetor), com objetivo de agilizar a atualização das informações e a realização de modelagens", conta Fernando Ferraz. Mais informações no site www.trngeo.com.


BADAM – Banco de Dados Ambiental Georreferenciado

Satélite será lançado pelos EUA para investigar o Iraque

Os Estados Unidos vão lançar um satélite espião de US$ 1 bilhão para investigar o espaço aéreo iraquiano. O sistema ajudará o país a planejar e combater qualquer guerra com o Iraque. A notícia foi divulgada pelo site MSNBC, que informou ainda que o lançamento que deveria acontecer ainda este mês foi adiado para meados de 2003. Em agosto de 1998, o Pentágono lançou outro satélite com a mesma finalidade, mas a ação fracassou. Na ocasião, o Titan 4, como era chamado o satélite, se auto destruiu 40 segundos após seu lançamento. Segundo especialistas, o Titan 4 também teria custado ao governo americano US$ 1 bilhão. O governo já utiliza imagens de alta resolução tiradas a partir de satélites para controlar as ações de Saddam Hussein. Um site controlado pelo Departamento de Programas Internacionais de Informação dos EUA (http://usinfo.state.gov) mostra como as imagens tiradas do espaço podem ser utilizadas para combater inimigos americanos. O Departamento foi criado por membros da Agência Americana de Informações, em outubro de 1999. Em setembro desse mesmo ano, o órgão desenvolveu o estudo "O Iraque de Saddam Hussein". Tim Brown, analista do GlobalSecurity.org, grupo militar americano, contou ao site de notícias MSNBC que "o relatório discute o fato de Saddam ser um homem mau, que cresce enquanto os outros passam fome". Para Brown, o uso desse tipo de imagens deve continuar.

Projeto da Petrobras permite acesso móvel à localização de navios

A Petrobras criou um projeto para customizar a aplicação de localização de navios por meio do desktop ao ambiente wireless. A idéia é garantir maior integração entre os profissionais e a corporação, agilizando o acesso à informação e a tomada de decisões. Com isso, todos os executivos da empresa poderão saber a localização de qualquer navio da companhia por meio de computadores de mão. Há dois anos, a empresa já localiza suas embarcações com computadores conectados à intranet, através de GPS nos navios e na comunicação por meio do satélite Imarsat. Para possibilitar o acesso móvel, a Petrobras utiliza a rede GSM da operadora Oi, que permite a transmissão de dados por pacotes e com velocidades maiores que as conseguidas nas tecnologias de segunda geração. Apenas o acesso é relacionado à rede celular, mas os navios podem estar em qualquer lugar do planeta, já que o rastreamento é feito por satélite. A adaptação do conteúdo ao ambiente wireless foi conseguida graças ao software Intelliwhere, da Sisgraph. A solução está disponível, por enquanto, em fase de testes e apenas para poucos executivos. A versão definitiva do projeto, disponível a todos os interessados, deve ser finalizada em novembro. Depois disso, a Petrobras deve oferecer também a possibilidade de acesso a outras informações no Pocket PC.

GITA Brasil

Associação vai fortalecer o setor no país

A recém-criada Associação de Tecnologia e Informação Geoespacial segue os passos da GITA (Geospatial Information & Technology Association), que tem sede nos Estados Unidos. Por isso, também é denominada GITA Brasil. A associação elegeu sua primeira diretoria em maio deste ano e, pouco tempo depois, aprovou seu regimento interno. A associação é aberta e reúne todos os setores que utilizam e produzem a geoinformação, como softwares, dados, equipamentos e serviços.

Apesar da forte ligação com a GITA Internacional, a associação brasileira deve trilhar seus próprios caminhos, de acordo com os rumos do mercado brasileiro. Em comum, o objetivo maior de fornecer um espaço para o desenvolvimento de excelência na educação e o intercâmbio de informações sobre o uso e os benefícios da informação e tecnologias geoespaciais. A associação também deverá divulgar o desenvolvimento tecnológico e pesquisas, buscando a unidade entre profissionais, instituições de ensino, empresas públicas e privadas. Uma das maneiras de cumprir seus objetivos será a realização e o apoio a congressos e outros eventos para a difusão de trabalhos técnicos.


Membros da diretoria: Luiz Henrique Castelo Branco, Enaldo Montanha, Nelson Ismar da Silva, Geovane Magalhães, Emerson Zanon Granemann, Flávio Yuaça e Daniel Teijeiro

O gerente de Sistemas do CPqD de Campinas, Geovane Cayres Magalhães, é o primeiro presidente da GITA Brasil. "Buscaremos uma participação mais ativa das organizações em termos de cooperação e divulgação de resultados na área", disse o presidente, assim que começou sua gestão. A GITA Brasil ainda depende do apoio logístico do CTGEO de Lins e do CPqD de Campinas. Um de seus desafios é criar fontes de receitas para colocar em prática seus projetos. A associação não tem fins lucrativos.

Em sua última reunião, foram definidas as modalidades de associados, a oficialização do vínculo com a GITA Internacional, bem como os valores das anuidades e o procedimento para eleições. A nova associação prevê seis categorias de associados: individual, honorário, estudante, corporativo, individual fundador e corporativo fundador. O vínculo com a GITA Internacional garante aos sócios brasileiros os mesmos benefícios de vários países onde existem associações filiadas (Austrália, Nova Zelândia, Japão, Holanda, África do Sul, Coréia, Colômbia, Argentina, Peru, Costa Rica, Alemanha, Hungria e Índia).

Fundada em 1978 nos Estados Unidos, a GITA Internacional hoje é a maior associação do mundo dedicada ao desenvolvimento da aplicação das tecnologias de informação geoespacial. Todos os anos, nos Estados Unidos, a GITA realiza um grande evento, reunindo empresas e organizações tanto produtoras como usuárias de geotecnologias, além de profissionais da área. Vale lembrar que esta conferência é conhecida como o mais importante evento educacional direcionado a profissionais de tecnologia de informação geoespacial, em especial nos setores de "Utilities" (elétrico, gás, saneamento e telecomunicações). Em 2003, será em San Antonio, no Texas, entre os dias 2 e 5 de março.

GITA Internacional e GITA Brasil apóiam as revistas infoGeo e MundoGEO On-line, da Editora Espaço GEO, e também o evento GEOBrasil – Congresso e Feira Internacionais de Geoinformação, que acontece todos os anos em São Paulo. No MundoGEO (www.mundogeo.com.br) foi criada uma área específica para a divulgação das notícias da GITA Brasil.

Mais informações também podem ser obtidas através do email
gitabrasil@ctgeo.com.br ou no site www.gita.org.

LIVROS

Setor Rodoviário

Introdução ao Projeto Geométrico de Rodovias, de Shu Han Lee. Destinado ao aprendizado das técnicas relacionadas com o dimensionamento da geometria das rodovias, o livro apresenta exercícios a cada um dos seus dez capítulos. Entre os tópicos, destacam-se a organização do setor rodoviário, estudos de traçado e cálculo de poligonal. O autor, Shu Han Lee, é engenheiro civil graduado pela UFRGS, mestre na área de Transportes na COPPE/UFRG, tendo exercido diversos cargos e funções no Departamento de Estradas e Rodagem. É professor adjunto da UFSC, lecionando a disciplina de Projeto Geométrico de Estradas. O livro, de 426 páginas, pode ser adquirido no Shopping Virtual do MundoGEO (www.mundogeo.com.br), lembrando que os assinantes infoGeo sempre têm descontos nas compras no Portal.

Agrimensura

Medindo Imóveis Rurais com GPS, de Edaldo Gomes, Luciano Montenegro da Cunha Pessoa e Lucílio Barbosa da Silva Júnior. Dirigido aos profissionais da área de agrimensura, cartografia e agronomia que querem fazer uso da tecnologia do GPS nas medições topográficas de imóveis rurais, este livro é o primeiro trabalho desta natureza editado no Brasil. O texto foi desenvolvido por profissionais com grande experiência tanto na técnica quanto na aplicação, garantindo ao leitor o conhecimento de todas as etapas da medição de um imóvel rural, passo a passo. Com 136 páginas e farta ilustração, o livro apresenta desde a configuração do aparelho até a exportação dos dados processados. Este livro também está no Shopping Virtual do MundoGEO (www.mundogeo.com.br).

EVENTO

GEOBrasil 2003 reúne 30 empresas para divulgação de plano estratégico

No último dia 7 de novembro foi realizado em São Paulo, pela Alcantara Machado Feiras de Negócios, promotora e organizadora do GEOBrasil 2003, um seminário para divulgação ao mercado do plano estratégico de realização do evento. Estiveram presentes 30 instituições: Aerocarta, Aerofoto Cruzeiro, ANEA – Associação Nacional de Empresas de Aerolevan-tamentos, AES Eletropaulo, APEAESP – Associação das Empresas de Agrimensura do Estado de São Paulo, Base, Cetil Sistemas de Informática, Char Pointer, Comdata – Companhia de Processamento de Dados de Goiânia, CTGEO, Digibase, Digimapas, Embrapa Monitoramento por Satélite, Emplasa – Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, Gempi, IBIS – Intelligent Business Solutions, Imagem, Revista infoGeo, Ituran, Mapograf, Orbysystem, Pentax, Prefeitura de São Paulo, Promom, Comissão de Entendimento das Concessionárias de São Paulo, Santiago & Cintra, Schlumberger, Sisgraph, TS Agrimensura e Urban Systems Brasil.

Na oportunidade, a equipe da Alcantara Machado detalhou as principais ações que já estão sendo desenvolvidas para que o evento atinja pleno sucesso. Maria Antônia Calheiros, do Departamento de Marketing, descreveu as ações de divulgação que envolvem a publicação de anúncios em revistas do setor e de interesse geral, visando atrair não só o público tradicional mas principalmente usuários novos e potenciais. Também falou sobre as viagens pelo Mercosul e sobre como a GITA Internacional (www.gita.org) fará a divulgação do evento mundialmente.

Antônio Alves, da S2 Comunicação, que é a empresa de assessoria de imprensa do GEOBrasil, analisou a evolução da visibilidade do evento desde 2000, ano de sua primeira edição. A S2 é especializada em assessoria de imprensa para empresas de tecnologia, como a Microsoft e Sun, e tem cadastrados em seus bancos de dados mais de 900 jornalistas brasileiros especializados no tema. Para ele, os jornalistas já estão mais familiarizados com as geotecnologias, o que torna mais fácil a divulgação. Entretanto, enfatizou a importância das empresas do setor divulgarem com mais persistência suas novidades e lançamentos.

Miguel Silvestre detalhou como será feita a divulgação via internet, utilizando o banco de dados da Alcantara Machado e dos seus apoiadores. Ele destacou que vários participantes de outros eventos que a empresa organiza nas áreas de segurança (INTERDEFESA), transportes, petróleo, saneamento e energia (INFRA 2002) e administração municipal (URBIS) podem também se interessar pelo GEOBrasil 2003.


Evento será no Centro de Convenções Imigrantes, em São Paulo, de 21 a 23 de maio de 2003

Emerson Granemann, consultor técnico e coordenador do congresso, contou como está estruturada a programação de atividades do evento. Segundo ele, a idéia central que está sendo transmitida nos convites aos palestrantes brasileiros e estrangeiros é que a geoinformação é um meio de fornecer soluções de forma integrada com outras tecnologias para que o negócios sejam mais rentáveis.

Especialistas ligados à iniciativa privada e instituições governamentais com pleno conhecimento do mercado de geotecnologias, em conjunto com Granemann, definiram o tema e as atividades educacionais. Esta comissão técnica, com o apoio da diretoria da GITA Brasil-Associação de Tecnologia e Informação Espacial, está atuando com total transparência e neutralidade na seleção das melhores palestras nacionais e internacionais para o congresso.

Por fim, José Danghesi, diretor do evento, destacou que toda a estrutura da Alcantara Machado, que é líder do setor de organização de feiras de negócios na América Latina, está mobilizada para que o GEOBrasil 2003 alcance seu maior objetivo: atrair um grande público selecionado. Segundo ele, não está se buscando somente quantidade, mas principalmente qualidade de expositores, visitantes da feira e participantes do congresso. "Nosso objetivo maior é que os nossos expositores façam grandes negócios e que os profissionais, nos três dias do evento, consigam revisar seus conceitos, conhecer novos lançamentos e aprender com a troca de experiências", concluiu Danghesi. Mais informações sobre o GEOBrasil 2003 através do telefone (11) 6096-5311, e-mail: info@geobr.com.br ou no site www.geobr.com.br.

Pesquisa confirma aprovação do evento

Segundo pesquisa Datacenso realizada este ano, 211 empresas brasileiras do setor deram 72% de grau de aprovação ao GEOBrasil como oportunidade ideal para atualização tecnológica e geração de negócios, 77% para a qualidade do conteúdo do congresso, 90% para a qualidade de organização e atendimento da Alcantara Machado e 78% para a divulgação nacional do GEOBrasil.

A grade de programação apresenta 6 principais grupos de atividades:

O tema do evento de 2003 – "Soluções Integradas de Mapeamento, Localização e Análise Geográfica para Gestão de Negócios" – representa o momento atual do mercado. A programação do congresso prevê apresentações didáticas, através de tutoriais, feitas por especialistas com o objetivo de atualizar conceitos e preparar os participantes para melhor aproveitamento da visita à feira e participação no congresso.
Painéis de Gestão: Negócios (inteligência de mercado, geomarketing, AVL, LBS, GIS móvel e internet); Infra-Estrutura (energia, logística, saneamento, telecomunicações, transportes, petróleo e gás); Administração Pública – Municipal, Estadual e Federal (planejamento territorial, tributação e meio ambiente).
Painéis de Tecnologia: Dados Geográficos (levantamentos terrestres, GPS, imagens de satélite, aerofotogrametria, Cadastro e mapeamento), Integração de Tecnologias (GIS, dados, hardware, software e wireless), Fator Humano (formação e aculturamento).
Fóruns de Inovação: grandes investimentos previstos para o setor, mudanças de paradigmas no mercado e políticas legais e institucionais de dados geográficos (produção, distribuição, classificação, certificação e interoperabilidade).
Palestras Especiais: participação de palestrantes âncoras nacionais e internacionais, convidados especialmente para falar em horários nobres, apresentando temas de grande interesse da comunidade do setor.
Concurso Acadêmico: apesar de o GEOBRASIL 2003 não ser um evento acadêmico, a Alcantara Machado quer reconhecer e premiar trabalhos e pesquisas acadêmicas (doutorado, mestrado e especialização) que apresentem soluções inteligentes, inovadoras, criativas e que possam auxiliar o desenvolvimento das geotecnologias no Brasil.
Workshops Empresariais: espaços destinados para as empresas expositoras, em condições especiais, apresentarem suas novidades, cases de sucesso e reunirem seus clientes atuais e potenciais.