O aprimoramento da fiscalização dos ecossistemas nacionais através de satélites é um dos compromissos do novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Marcus Luiz Barroso Barros, que assumiu o órgão nesta semana.

O novo presidente do Ibama defende a democratização e a transparência das informações colhidas pelo Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). O sistema tem radares, bases de recepção e de tratamento de dados e aviões usados para monitorar o espaço aéreo e terrestre, produzindo informações para orientar, por exemplo, o combate ao narcotráfico e ao desmatamento. "Essa caixa-preta (o Sivam) vai ter de acabar, porque as informações não fluem. Nós precisamos das imagens de satélites, da vigilância ambiental detalhada, do monitoramento hidrológico da Amazônia", disse Barros, durante a cerimônia de sua posse na segunda-feira (6/1). Barroso ainda afirmou que há relação direta entre a degradação do meio ambiente e a fome. "Em locais degradados faltam meios para que a população tire de forma sustentável sua sobrevivência", disse.

De acordo com a Agência Brasil, até o final dos quatro anos de governo serão criados 2 mil novos postos de trabalho no Ibama. Os novos funcionários, segundo Barros, serão responsáveis pelo trabalho de ponta no processo de fiscalização do meio ambiente. Até o final deste ano deverão ser contratados 500 novos servidores. Marcus Luiz Barroso Barros presidiu o Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), em Manaus.