De acordo com pesquisa divulgada pelo jornal Valor Econômico, a iniciativa privada emprega só 11% dos pesquisadores no Brasil. Para resolver o impasse, além das parcerias entre empresas e Universidades, defendidas nos últimos anos, seria preciso centrar esforços para que a iniciativa privada investisse mais em inovação.

Para isso, serão necessários juros mais baixos, instrumentos fiscais, além de linhas de financiamento dirigidas às empresas, disseram os especialistas ouvidos pelo jornal. O novo governo ainda não esclareceu que instrumentos vai adotar para incentivar a pesquisa no setor privado.

Mas é possível que algumas medidas adotadas no fim do governo FHC ajudem a levantar os investimentos. Uma delas seria a isenção, no Imposto de Renda, dos gastos de empresas que investirem em uma inovação, como prevê a Medida Provisória 66. Outro instrumento de fomento seria o início das operações do Fundo Verde-Amarelo, do Ministério da Ciência e Tecnologia, para as empresas. Outra forma seria a aprovação da Lei da Inovação, que está parada no Congresso há seis meses. Na Lei 10.332, o ponto mais importante é a mudança nas regras de licitação para compras do governo.

Como ocorre em outros países, o Estado pode exercer grande influência na inovação ao não ter que optar necessariamente pelo artigo mais barato, que leva muitas vezes à importação de produtos não encontrados no país. Em vez disso, pode destinar a verba para que uma empresa desenvolva o produto no Brasil.