A prefeitura de Campinas (SP) está utilizando imagens do satélite israelense Eros para mapear as conseqüências da enchente que ocorreu no município no último dia 17 de fevereiro. O objetivo do trabalho de georreferenciamento é servir de base para um balanço dos impactos sobre o meio ambiente e os equipamentos urbanos, além de subsidiar um plano de prevenção e alerta para eventos futuros. Com a visão abrangente e detalhada do satélite, foi possível estabelecer prioridades no atendimento e na recuperação de áreas danificadas.

O trabalho foi feito pela Embrapa Monitoramento por Satélite (CNPM), que desde o final do ano passado vem elaborando mapas temáticos de Campinas para a Agenda 21 Municipal. A Embrapa já tinha prontos os mapas da rede hidrográfica, das ruas e logradouros públicos e da rede de adutoras da Sanasa, além da digitalização dos tipos de solo, com base em cartas do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). No dia do alagamento, à medida que chegavam informações sobre áreas alagadas da Defesa Civil, da Companhia de Água e Saneamento (Sanasa), da Companhia de Trânsito (Emdec) e da mídia, a Embrapa pôde geocodificar todos os dados. Isso gerou um mapa com a dimensão real do desastre, classificado de acordo com a intensidade dos estragos.

A chuva da tarde do 17 de fevereiro (140mm) foi muito acima da média, superando os recordes para esse mês nos últimos 120 anos. Segundo dados do CNPM, as regiões inundadas somaram 12,5% da área urbana. Agora, a sugestão da Agenda 21 Municipal, a ser lançada, é discutir formas de reverter a impermeabilização e reduzir os riscos de cheias.

As informações são da Agência Estado.