Geoinformação, Empregos e Crescimento
Neste editorial abordo duas questões relevantes sobre o mercado de Geoinformação. A primeira diz respeito a empregabilidade do setor. Segundo pesquisa DataCenso feita em 2002, o mercado emprega de forma direta 4.256 profissionais, sendo 62% na área técnica e operacional, 24% na administrativa e 14% na comercial. A surpresa fica por conta do alto índice de profissionais especializados: 17% com pós-graduação, 37% com graduação, 35% de nível técnico e 11% com formação primária. A pesquisa avaliou questionários respondidos por apenas 179 empresas. Com absoluta certeza temos ainda um universo bem maior a pesquisar se considerarmos toda a cadeia produtiva do setor de Geoinformação. Desta forma podemos afirmar com tranquilidade que as geotecnologias já alcançaram no Brasil um patamar importante dentro do quadro econômico. Espera-se agora que principalmente o governo passe a investir mais no setor.
Outra questão relevante é a maturidade que o mercado está atingindo, representada pelo crescimento do evento GEOBrasil, realizado pela empresa Alcantara Machado Feiras de Negócios em São Paulo desde 2000. Proporcionando um ambiente de troca de experiências, atualização tecnológica e principalmente ampliação de mercado, o evento cresce a cada ano.
O congresso de 2003 oferece um painel amplo e diversificado de atividades relacionadas ao tema central do evento: "Soluções Integradas de Mapeamento, Localização e Análise Geográfica". A palavra estará com usuários e especialistas que irão relatar com sinceridade seus erros, acertos, arrependimentos, vitórias e, finalmente, seus resultados, tudo em linguagem objetiva e transparente.
Serão apresentadas as principais novidades tecnológicas, analisando-se questões relacionadas a custos e benefícios. Empresas privadas, universidades e instituições representativas do setor mostrarão seus novos projetos e opiniões sobre as questões relevantes para o desenvolvimento do mercado.
A feira também apresenta um leque distinto de representatividade. Fugindo do modelo tradicional de abrigar só empresas privadas restritas ao mercado de Geoinformação, a feira dá continuidade a uma tendência mundial de eventos do setor. Já confirmaram presença grandes usuários de Geoinformação, universidades que desenvolvem importantes pesquisas na área e a cada vez mais crescente participação de empresas de TI – Tecnologia de Informação, que oferecem soluções especialistas para governos e empresas de infra-estrutura e negócios utilizando as Geotecnologias.
Estar presente no evento é uma oportunidade única de medir a temperatura do mercado. Saber das novidades, lançamentos e principalmente conhecer de perto os profissionais que fazem este mercado crescer.
Emerson Zanon é engenheiro cartógrafo e editor da infoGEO. emerson@mundogeo.com.br