A tecnologia GIS adotada na digitalização do sistema de distribuição e fornecimento de água na cidade fluminense de Volta Redonda é um dos projetos que serão apresentados, de 29 de junho a 4 de julho, na 33ª Assembléia da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento.

Em Santo André (SP), a assembléia vai reunir gestores públicos, pesquisadores e autoridades de todo o país ligadas à área – entre as quais o ministro das Cidades, Olívio Dutra – para destacar a importância do saneamento como forma de inclusão social. "O saneamento é muito mais do que o tratamento de água e esgoto. Inclui desde temas como a gestão ambiental até a urbanização de favelas e, em alguns casos, como em Santo André, até a Defesa Civil", disse Carlos Pedro Bastos, organizador da assembléia. Na busca de soluções para limitar o desperdício, uma das principais armas tem sido a tecnologia.

Em Volta Redonda, a solução adotada foi digitalizar o sistema de água do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Desenvolvido pela Intergraph e implantado pela Sisgraph, o sistema gerencia o fornecimento de água potável para os 300 mil habitantes, além da coleta e do tratamento do esgoto do município. Trata-se da primeira implementação completa na América Latina."Foi uma inovação total. Uma mudança radical. Tínhamos um cadastro que era totalmente em papel. Agora, podemos ver toda a malha no computador e realizar graficamente as análises de que precisamos", conta Evandro Luiz Silva, supervisor de Geoprocessamento do SAAE de Volta Redonda. Ele acredita que a nova tecnologia pode efetivar o combate ao desperdício, que na grande cidade é da ordem de 40% de toda a água tratada.