Bombas e mísseis guiados por satélite para a destruição de seus alvos com escassa margem de erro foram algumas das armas dos Estados Unidos para atacar o Iraque. Além disso, o Pentágono investiu milhões de dólares em equipamentos de última geração para que seus pilotos possam realizar missões de combate em meio a um ambiente tridimensional. Um desses sistemas é o Topscene, criado pela Marinha dos EUA, com tecnologia da empresa Silicon Graphics Inc, da Califórnia. Os pilotos usam o Topscene para explorar grandes modelos computadorizados de ambientes do inimigo, familiarizando-se com as peculiaridades do terreno. Antes de iniciar sua missão, o piloto pode olhar as telas do computador e "voar" virtualmente sobre um realista mapa tridimensional, para localizar precisamente o seu alvo. Já o RealSite, criado pela Harris Corporation, empresa da Flórida, permite aos soldados recriar as posições de franco-atiradores ou medir a distância entre edifícios e outros locais. Para o conflito no Iraque, a Harris criou um modelo RealSite tridimensional de Bagdá, com reproduções em escala dos palácios de Saddam Hussein. O Topscene, o RealSite e outro sistema, o Power-Scene, usam informações procedentes de imagens de satélite de alta resolução. Além disso, as superbombas dos arsenais americanos agora chegam aos alvos dirigidas por técnica laser ou GPS.

Novo satélite GPS – No dia 31 de março, a Força Aérea dos EUA lançou um novo satélite de navegação. O satélite faz parte da rede GPS, que já tem 27 satélites, em órbita a 20 mil quilômetros da Terra. Por causa da guerra, o satélite entrou em operação no prazo de duas semanas, apesar de normalmente serem necessários dois meses para comprovar e calibrar todos os sistemas do aparelho. Os satélites, que fornecem dados de navegação e posicionamento a diversos tipos de pessoas, desde astrônomos até iatistas amadores, são voltados principalmente para as Forças Armadas. O general Greg Pavlovich disse que a constelação de GPS vem estendendo o campo de batalha até a órbita da Terra. Durante a Guerra do Golfo, de 1991, ainda predominavam os sistemas de direcionamento e radares convencionais