O governo federal acaba de anunciar a criação da Rede de Geoinformação e Modelagem Ambiental da Amazônia (Geoma), uma rede de cooperação científica que irá executar projetos interdisciplinares na área de modelagem ambiental na região.

Fazem parte do projeto o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Museu Goeldi, Laboratório Nacional de Computação Gráfica e Instituto de Matemática e Pesquisa Aplicada (Impa). A idéia principal do Geoma é sair da situação de diagnóstico e começar a mapear prognósticos do futuro da região baseados em informações do passado, com a intenção de criar cenários de prevenção.

O Geoma será estruturado em quatro áreas: uso da terra, focado na questão do desmatamento; biodiversidade, para promover o uso racional de recursos; cenários de saúde, concentrado na disseminação de doenças em toda a região; e cenários demográficos, sobre os padrões de ocupação da região baseados na infra-estrutura da população e oportunidades econômicas.

Os pesquisadores do projeto, com experiência em diversos segmentos como sensoriamento remoto, geografia, saúde, sociologia, computação, meteorologia e economia, querem também desenvolver uma ampla base de dados que servirá para traçar um zoneamento econômico e ecológico da região.

O projeto, que receberá R$ 3 milhões do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), será desenvolvido com base em três critérios: auxiliar a escolha de áreas para conservação da biodiversidade; formar cientistas para os centros de pesquisa da região; e investigar a dinâmica demográfica da Amazônia.