Sensoriamento remoto, controladores de máquinas e implementos programados para semearem em espaçamento milimetricamente medidos ou para aplicarem adubos e defensivos na dose precisamente determinada para atender às necessidades de cada faixa de solo e de grupos de plantas.

Esse novo jeito de administrar os cultivos agrícolas pode se tornar indispensável a centenas de cafeicultores que já utilizam tecnologias modernas e sofisticadas para automação de suas lavouras, como o GPS. Trata-se da agricultura de precisão, um sistema que oferece ferramentas para planejamento e gerenciamento da atividade agrícola, com resultados imediatos na redução de custos e de impactos ambientais porque permite a utilização precisa de insumos e dos fatores de produção.

Viabilizar meios de essa tecnologia ser levada ao parque cafeeiro nacional foi a tônica das palestras e dos debates do 1º Ciclo de Palestras sobre Agricultura de Precisão no Café do Cerrado, que reuniu dezenas de produtores, técnicos e pesquisadores, no último dia 23 de julho, na cidade de Patrocínio, Minas Gerais. O evento foi promovido com o apoio do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, coordenado pela Embrapa Café, pela Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio (Acarpa), pelo Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado (Caccer), pelo Café do Cerrado e a pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

"Podemos trazer para as lavouras cafeeiras os benefícios que a agricultura de precisão traz para as culturas anuais como a soja e o milho", enfatizou o gerente geral da Embrapa Café, Antônio de Pádua Nacif, um dos palestrantes do evento de Patrocínio. Ele disse que a Embrapa estava levando aos produtores e técnicos presentes a proposta de se fazer uma pesquisa inovadora no Brasil: o emprego da agricultura de precisão nos cafezais de pequenos, médios e grandes produtores.