Os seis técnicos da Agência Aeroespacial Russa que vão ajudar a Comissão de Investigação, criada pelo Comando da Aeronáutica para investigar as causas do acidente com o Veículo Lançador de Satélites (VLS-1), chegam hoje (5/9) a São José dos Campos (SP).

O VLS-1 explodiu no Centro de Lançamento de Alcântara (MA) no dia 22 de agosto, matando 21 técnicos do Centro Técnico Aeroespacial (CTA). Responsável pela área de cooperação e pelos contatos com a Agência Espacial Brasileira (AEB), Viacheslav Lisitsin, de 56 anos, será o chefe dos técnicos russos.

Os outros integrantes, todos doutores em Ciências, são: Dmitry Borisov, de 42 anos, do Instituto de Pesquisa Keldysh, é especialista em motores à base de combustível sólido, bem como no processo de combustão e área de envelhecimento desse combustível; Vladimir Morozov, de 60 anos, do Centro de Pesquisa Pilyuguin, especialista em sistemas de controle de foguetes e satélites; Victor Poliakov, de 60 anos, do Instituto Central de Pesquisas Científicas Mashinostroenia, é especialista em pesquisa científica na área de acidentes e participou de pelo menos 200 comissões de investigação de acidentes envolvendo foguetes; Georcy Sytyi, que atua na análise de projetos e investigação de acidentes espaciais, e é do Centro de Projetos Makeyev, instituição especializada na área de combustível sólido; e Vladimir Breyman, do Instituto Teplotécnica, especialista na área de química de combustível sólido. Único país responsável atualmente pela troca de tripulação da Estação Espacial Internacional, a Rússia também registrou anteriormente, na execução de seu programa espacial, falhas em lançamentos.

A equipe que auxiliará a Comissão de Investigação brasileira irá direto para a sede do CTA, onde estão algumas partes do foguete.