O desastre com o foguete brasileiro VLS-1 não afeta o centro de lançamentos nem a produção de satélites pelo Brasil, declarou o ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, ao jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira (8/9). "Foi um acidente.

Estamos aguardando as investigações para, a partir delas, refazer o nosso programa que tem de atender a uma decisão do presidente da República, que é de lançar o VLS-4 ainda no seu mandato", disse Amaral. Segundo ele, as investigações sobre as causas do acidente continuam, mas nenhum avanço importante foi divulgado. Os técnicos continuam tentando descobrir o que teria causado a descarga elétrica que teria iniciado a ignição do combustível de um dos motores.

O VLS-1 pegou fogo na base de lançamento de Alcântara (MA) no dia 22 de agosto. De acordo com o diretor do CTA, major-brigadeiro Tiago da Silva Ribeiro, é preciso saber por que a ignição foi iniciada em apenas um motor e de onde veio a corrente elétrica. O governo procura afastar a hipótese de que o VLS tenha sido alvo de sabotagem. De acordo com o ministro da Defesa, José Viegas, estava em funcionamento um programa de proteção, e não houve emissão de impulsos eletromagnéticos na hora do acidente. A emissão de impulsos poderia ser um indício de sabotagem.

O acidente ocorrido no Maranhão foi debatido ontem (9/9) em audiência pública nas Comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara, em Brasília.