O Brasil colocará, no próximo mês, mais um Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-2) em órbita. Este satélite ampliará a gama de imagens obtidas por sensoriamento remoto do território brasileiro. Mas ao lado do CBERS, que é o carro-chefe do programa de satélites brasileiro, há outros em estágio de desenvolvimento. Luiz Carlos Miranda, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), disse que o instituto pretende colocar em órbita no próximo ano o satélite científico que originalmente seria desenvolvido com a França.

O artefato levará experimentos brasileiros, sensores de temperatura, além de três cargas tecnológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Aproveitando o espaço destinado anteriormente às cargas úteis francesas, está prevista a inclusão de parte dos equipamentos do Equars – outro satélite em desenvolvimento – voltados ao estudo de bolhas ionosféricas. Esse satélite terá o propósito de analisar o fenômeno, que interfere negativamente tanto em telecomunicações como em sistemas de navegação aérea por satélite.

Para 2006, a intenção do Inpe é lançar o Satélite de Sensoriamento Remoto (SSR-1). "Já contratamos junto à indústria nacional a parte de estrutura, controle térmico, suprimento de energia, telemetria, telecomando e propulsão", afirma Miranda. A missão do SSR-1, ainda em discussão, centra-se em duas opções: uma, de um satélite para monitoramento do desflorestamento e queimadas na Amazônia, e outra ligada ao monitoramento de safra em nível mundial.

As informações são da Agência Brasil.