Ontem (1/10), o aviador Gérard Moss saiu do Rio de Janeiro para coletar e catalogar amostras de água, em todo o território, dentro do projeto "Brasil das Águas". Durante um ano, ele voará cerca de 100 mil quilômetros, o que equivale a duas voltas ao mundo.

O hidroavião foi especialmente transformado em laboratório para o projeto. As amostras serão coletadas em vôo rasante sobre a superfície da água e uma sonda analisará parâmetros físico-químicos da água como acidez, condutividade, oxigênio dissolvido, clorofila, temperatura e turbidez. Outras características, como potabilidade e contaminação por metais pesados, serão examinadas posteriormente em laboratórios especializados.

O local de cada coleta será registrado em fotos aéreas georreferenciadas com equipamento GPS, o que permitirá visualizar as peculiaridades do terreno. Com isso, a avaliação da qualidade da água será feita com a mesma metodologia em todo o país.

O Instituto Internacional de Ecologia, de São Carlos (SP), analisará as amostras e os resultados estarão disponíveis em Sistema de Informações Geográficas (GIS) no site do projeto http://www.brasildasaguas.com.br/.

Outros institutos também receberão as amostradas coletadas, para utilização dos dados em suas pesquisas, entre eles a própria Agência Nacional das Águas, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e as universidades de São Paulo (USP), Federal Fluminense (UFF) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

+Informações  http://www.extremoss.com.br/.