Uma lista preparada pelo Icom (Conselho Internacional dos Museus) revela que 2.066 mapas, desenhos, atlas e fotografias foram furtados da mapoteca do Palácio Itamaraty, no centro da cidade do Rio de Janeiro, em julho. O sumiço do acervo foi noticiado somente na quarta-feira (1/10) pela coluna "Painel" da Folha de S.Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores confirmou o furto, mas não quis dar detalhes sobre a investigação, alegando isso poderia atrapalhar o inquérito, que está sendo conduzido pela Delegacia Fazendária da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

O presidente do Conselho Nacional do Icom, Luiz Antônio Custódio, informou que o material furtado é a maior coleção de mapas de um arquivo público no país. Segundo ele, há peças dos séculos 16, 17, 18 e 19. Custódio afirmou que parte do acervo furtado teria sido devolvido. A informação, no entanto, não foi confirmada pelo Itamaraty. Para ele, o furto teria sido encomendado.

O representante do Icom afirmou ter iniciado uma campanha de mobilização na América Latina e na Europa, na tentativa de localizar o acervo. Entre as peças subtraídas, estão mapas das antigas capitanias hereditárias, um álbum da cidade do Rio de Janeiro e fotografias históricas do Japão, da Argentina e do Chile.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.