Os dirigentes do Programa Brasil-China para Sensoriamento Remoto assinaram memorando de entendimento em 22 de outubro, dia seguinte ao lançamento.

Neste documento ficaram estabelecidos os critérios para o controle do satélite CBERS-2, que será dividido entre os dois países. O controle do satélite está relacionado com sua operação de forma direta e não com a aquisição de imagens que será feita por cada país em sua área de interesse após todos os testes iniciais.

O controle é feito por telecomandos enviados dos centros de comando instalados no Brasil e na China. Desta maneira, os técnicos conseguem controlar o ‘comportamento’ do satélite, sua atitude em órbita e promover uma série de testes e aferições dos equipamentos a bordo do CBERS-2.

O documento foi assinado pelo chefe da delegação brasileira, Leonel Perondi, e pelo chefe da parte chinesa, Tao Youqin. Na agenda de controle do CBERS-2, os primeiros nove meses de controle do satélite ficarão sob responsabilidade dos chineses, incluindo os dois meses de testes iniciais. Na seqüência, o Brasil passa a comandar o satélite por oito meses seguidos.

Terminado esse prazo, o controle, novamente, ficará por conta dos chineses por sete meses. Caso o controle do satélite se estenda além da vida útil de projeto, especificada em dois anos, como ocorreu no caso do CBERS-1, também já foi programado um cronograma de ações. Os primeiros seis meses ficarão a cargo dos técnicos do INPE.

Os chineses voltam a controlar o satélite no semestre seguinte. Findo esse prazo, o controle do satélite será, então, dividido em períodos de três meses para cada um dos países, começando pelo Brasil.