Os trabalhos de investigação do acidente com o VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites) já entraram em sua fase derradeira, mas deve haver mais uma prorrogação do prazo para a apresentação das conclusões, que expira em cinco dias. Será o terceiro pedido de prorrogação feito pela comissão.

O incêndio de 22 de agosto matou 21 funcionários civis do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) na base de Alcântara (MA). A subcomissão responsável por explicar a origem da misteriosa corrente elétrica que acionou um dos motores do primeiro estágio (dando início ao incêndio que queimou 41 toneladas de propelente sólido) é a técnica, majoritariamente composta por membros da equipe que trabalha no projeto do VLS.

Essa explicação, ao que parece, ainda não foi achada. Um relatório preliminar preparado por outra das quatro subcomissões que investigam o acidente, a operacional, vai apontar várias irregularidades nas ações que antecederam a tragédia.

Entre os problemas apontados estão falhas de manutenção das instalações em Alcântara, falta de treinamento adequado para a execução de tarefas e inobservância de protocolos ligados à preparação do lançador e à segurança.

O relatório interno só leva em conta os dois meses que antecederam o acidente e não apresenta fortes ligações causais entre os problemas detectados e a ocorrência da tragédia. Também não aponta culpados, embora cite nominalmente as equipes envolvidas nas atividades executadas.

As informações são da Folha de S.Paulo.