No Estado de São Paulo, o Grande ABC realizou ao longo deste ano um mapeamento da dengue, doença provocada pelo mosquito Aedes aegypt, com base em imagens de satélite.

O mapa, feito através de geoprocessamento, mostra os locais onde a doença foi confirmada e os focos do mosquito. Depois, faz o cruzamento das informações. "É um procedimento útil para a gente montar o cenário da guerra. Com ele, a gente sabe onde atacar", comentou o coordenador do Comitê de Combate à Dengue do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Homero Nepomuceno Duarte.

"O satélite dá o ponto exato onde o problema está acontecendo. Se for preciso fazer uma barreira sanitária, sabemos exatamente onde fazer o bloqueio, pela quantidade de informações disponíveis", disse Fábio Vital, diretor de projetos do Instituto Acqua, ONG que desenvolveu o programa, em parceria com o Consórcio Intermunicipal.

Como medida de comparação, Vital lembra que, no passado, o procedimento de controle da dengue resumia-se em colocar agulhas num mapa. "Hoje, é só clicar no computador e aparecem todos os dados reunidos – as equipes que estão em cada local e o que elas estão fazendo no momento. É um instrumento fabuloso."

Mas o mapa da dengue no Grande ABC ainda está sendo atualizado. Em dezembro, ele estará disponível para consulta na página do Instituto Acqua na internet (www.institutoacqua.org.br).

As informações são do Diário do Grande ABC de 17/11/2003.