Imagens de satélite poderão fornecer a plantadores de milho e soja informações como uma previsão do rendimento da safra e a hora mais adequada para irrigar os campos.

Um trabalho envolvendo pesquisadores da Embrapa, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e de universidades, em parceria com a Nasa (agência espacial americana) e o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), revelará como pode ser observada por satélite a umidade do solo no cerrado e no semi-árido.

Do próximo domingo (30/11) até 9 de dezembro, um avião da Nasa será usado para coletar imagens da região de Barreiras (no oeste baiano), uma área de transição entre o cerrado e o semi-árido. A esses dados serão reunidos os obtidos pelo satélite Aqua, projeto internacional liderado pela Nasa para estudar o ciclo hidrológico do planeta. Ambos os resultados serão comparados aos de coletas de amostras no local.

Ao estabelecer o algoritmo (conjunto de instruções para processamento de dados) que ajuda a converter as leituras brutas do satélite em informações sobre umidade do solo, será possível dispensar análises futuras com base em amostras, que tornam as avaliações mais lentas e caras. O projeto originalmente foi concebido nos Estados Unidos, onde está sendo executado desde 2002.

Entretanto, com o sucesso do modelo, os pesquisadores brasileiros decidiram propor a implementação de um estudo similar em território nacional. O Aqua possui um instrumento brasileiro a bordo e tem suas imagens recebidas também pelas instalações do Inpe em Cachoeira Paulista.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo, de 25/11/03.