Pesquisadores estão avaliando diariamente as transmissões de sinais de pequenos microchips, implantados nas nadadeiras dorsais de 11 baleias jubarte.

Os transmissores só funcionam quando as baleias sobem à superfície do mar para respirar, sendo captados por satélites do sistema francês Argos e retransmitidos, via internet, ao Brasil. As jubartes agora estão encerrando a temporada de reprodução na costa brasileira – entre a Bahia e o Espírito Santo – e dirigem-se para a Antártica, onde costumam se alimentar.

O trajeto percorrido nesta rota migratória é o que os pesquisadores querem identificar, no Projeto Monitoramento de Baleias por Satélite, iniciado em 2001, através do programa Expedição Científica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), com patrocínio da Shell Brasil. A facilidade com que os caçadores se aproximavam das baleias, no passado, foi determinante para o rápido declínio de sua população. Mas é também a razão pela qual a espécie foi escolhida para testar a tecnologia de telemetria como ferramenta desta pesquisa.

Na implantação dos transmissores utilizam-se varas de 8 metros de comprimento, semelhantes a arpões, com a diferença de não causarem dano (os microchips pesam apenas 300 gramas e mal são percebidos pelas baleias). O pesquisador fica a cerca de 3 metros do dorso do animal e, ao mesmo tempo em que faz o implante, colhe material para análises de DNA.

As rotas das baleias jubarte marcadas podem ser acompanhadas via internet no site http://www.projetobaleias.com.br/.