Na sexta-feira (27/2), durante reunião entre o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, e o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luiz Carlos Miranda, ficou definida a política de distribuição das imagens do satélite sino-brasileiro de sensoriamento remoto (Cbers-2).

Em operação desde outubro de 2003, o Cbers-2 oferece imagens de alta qualidade, atendendo à maioria das exigências e necessidades dos usuários das imagens fornecidas pelos similares de outros países.

A política de distribuição propõe a oferta gratuita das imagens para todos os usuários brasileiros, que inclui órgãos públicos, universidades, centros de pesquisa e ONGs, além da iniciativa privada. As imagens serão distribuídas pela página do Inpe na Internet.

Até então, as imagens usadas por essas instituições eram compradas. "A idéia é que as imagens sejam tratadas como um bem público. Deste modo, aumentaremos a competitividade das nossas empresas, dos nossos pesquisadores, do nosso país", avaliou o diretor do Inpe. Segundo Eduardo Campos, a iniciativa de distribuir as imagens sem custo é de grande importância não apenas para atender ao público que já faz uso esse tipo de recurso, mas também por promover a inclusão social e aproximar a sociedade do programa espacial.

A análise e manipulação das imagens podem ser feitas com o Spring, software de uso público desenvolvido pelo Inpe e que já é distribuído gratuitamente pela Internet. Futuramente serão definidas as políticas para distribuição das imagens para outros países, o que depende de negociação com o governo chinês, parceiro no projeto, e da aprovação do MCT. O Cbers-2 tem possibilidade de se firmar como uma das principais alternativas no mercado de sensoriamento remoto mundial, com imagens de qualidade e baixo custo.