Pesquisa realizada sobre a cobertura vegetal do município de São Carlos (SP), publicada no "Brazilian Journal of Biology", revela que apenas 7,61% das matas originais da cidade ainda resistem.

Segundo o estudo liderado por João Juares Soares, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de São Carlos, o problema é maior em relação à floresta semidecídua (como a mata atlântica, por exemplo) e presença da Araucaria angustifolia, pinheiro símbolo oficial da cidade.

Se antes essa formação vegetal recobria 2% do município de São Carlos, localizado no centro do Estado, os dados atualizados mostram que a taxa de ocupação agora é de 0%. A avaliação, feita a partir de imagens de satélites e estudos de campo, também detectou o estado de cobertura vegetal da floresta semidecídua associada a matas ripárias, também conhecidas como de galeria ou ciliares.

Os dados não foram diferentes das outras vegetações. A redução, nesse caso, foi de 55% para apenas 1%. A utilização do solo para a agricultura e a pastagem foram os principais agentes desse processo de destruição da vegetação original de São Carlos. No período mais recente, há aproximadamente três décadas, a cidade de São Carlos se tornou uma das principais produtoras de leite do Estado.

Em vez do café, a cana-de-açúcar passou a ser bastante cultivada na região.

As informações são da Agência Fapesp.