Fabricantes e operadoras de telefonia móvel do mundo inteiro acreditam que a adoção em larga escala dos celulares de terceira geração (3G) acontece neste trimestre. É o que afirma Arun Sarin, presidente da britânica Vodafone. "Esta explosão de celulares 3G acontece ao menos nos países em que o uso dos celulares já é alto", complementa.

A principal característica dessa tecnologia é a localização por GPS (sistema de posicionamento global), além da capacidade de transmitir grandes quantidades de dados em alta velocidade, possibilitar download de músicas e proporcionar streaming de vídeo. Mas, antes de se tornar uma realidade, a terceira geração enfrenta problemas. As operadoras, segundo Arun Sarin, reclamaram no congresso da menor qualidade (duração da bateria e tamanho) dos aparelhos em relação aos atuais, de 2,5G (GSM/GPRS), o que retardaria a liberação dos serviços, economicamente inviável.

De outro lado, fabricantes pedem uma rede estabilizada para testar os aparelhos e argumentam que o mesmo ocorreu com as tecnologias anteriores. "Para que a terceira geração se torne um sistema global unificado, é preciso haver uma boa integração das redes de 3G com as demais, das quais os usuários dependerão, quando saírem da área de cobertura dos novos sistemas", diz Sarin.

Para representantes de companhias britânicas destes aparelhos, o crescimento agora depende de países fora do eixo EUA-Europa-Japão. "Indonésia, Brasil, China e Índia estarão entre os principais responsáveis por esse crescimento", diz Jorma Ollila, presidente da Nokia. Ele acredita que, até 2007, haverá 2 bilhões de celulares com GPS em operação no mundo. Segundo números apresentados no 3GSM World Congress 2004, realizado em março em Cannes (França), dos 10,2 milhões de celulares GSM habilitados na América do Sul em 2003, o Brasil foi responsável por 4,7 milhões (46%).

Para Marco de Lissich, presidente da Associação GSM na América Latina, o sistema deverá liderar a região em 2006.

Informações da Folha de São Paulo

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