Uma delegação brasileira chefiada pelo ministro da Ciência e Tecnologia e com participação do presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Gaudenzi, vai à China no próximo mês para discutir os próximos passados a serem realizados pelo Programa CBERS (Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres), fruto de uma cooperação entre o Brasil e a China.

A informação foi dada na última quarta-feira, durante reunião do Conselho Superior da AEB. Na pauta do encontro com o país asiático estão o protocolo que permitirá a venda de imagens do CBERS-2 e o desenvolvimento do CBERS-2B. Além do programa CBERS, foi apresentado no Conselho o atual estágio de preparação da Conferência Nacional do Programa Espacial, parte da revisão do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), marcada para a segunda quinzena de novembro em Brasília; os entendimentos de uma possível cooperação com a Rússia, e a parceria com a França para o lançamento de balões estratosféricos. Gaudenzi aproveitou a ocasião para comunicar ao Conselho sobre os estudos em conjunto com o Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica para tornar o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) num pólo indutor do desenvolvimento local e da divulgação científica.

A idéia é a de que a área do CLA possa abrigar museus, planetários, campus universitário, reservas ecológicas e outros equipamentos, além das próprias comunidades residentes na região, evitando assim seu deslocamento, mas convivendo em harmonia com os sítios de lançamento, como acontece com o Kennedy Space Center.

"Evidentemente, seriam resguardadas áreas e limites de segurança para a população e visitantes", afirma o presidente. "Como parte do centro espacial teríamos a base de Alcântara, que além das tarefas de segurança de vôo e controle dos lançamentos, seria também o sítio brasileiro de lançamento do VLS e outros lançadores que seguramente se seguirão", concluiu o presidente da AEB.

Informações da Agência Espacial Brasileira

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