A confirmação do pico Pedra da Mina como o quarto mais alto do Brasil e o de maior altitude na região da serra da Mantiqueira foi comemorada pela população e Prefeitura de Passa-Quatro, no Sul de Minas, a 439 quilômetros de Belo Horizonte.

A expedição Pontos Culminantes, realizada por pesquisadores do IBGE e do Instituto Militar de Engenharia (IME), utilizou aparelhos GPS (Sistema de Posicionamento Global) para corrigir medições cartográficas de alguns picos brasileiros, feitas há 40 anos por meio de barômetros.

No pico Pedra da Mina, a equipe formada por civis e militares encontrou uma distorção de 28 metros. Com a nova medição, a montanha passa a ter 2.798 metros de altitude e ultrapassa o pico das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro, que teve as medidas ajustadas para 2.791 metros e perdeu o posto de mais alto da serra da Mantiqueira. Quem gostou da mudança foi Carlos Brito, secretário de turismo de Passa-Quatro.

"Para nós, é muito interessante ter mais esse argumento turístico", disse. Brito destacou que a região da serra Fina, onde está o pico Pedra da Mina, é belíssima e ainda inexplorada. Para o coordenador de geodésia do IBGE, Nilo César Coelho da Silva, os ajustes na cartografia têm apenas o objetivo de prevenir acidentes aéreos nas regiões pesquisadas. Além disso, "nossa missão é divulgar para a sociedade as coordenadas de latitude, longitude e altitude para caracterizar o território brasileiro", revelou.

Depois da operação Pontos Culminantes os cincos pontos mais elevados do território nacional são o pico da Neblina (2.993m) e o 31 de Março (2.972m), no Amazonas, o pico da Bandeira (2.890m) e o Pedra da Mina (2.798m), em Minas Gerais, e o pico das Agulhas Negras (2.791m), no Rio de Janeiro.

Informações do portal UAI Estado de Minas Gerais

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