O chefe da unidade Galileo da Comissão Européia, Olivier Onidi, admitiu a possibilidade do Brasil lançar satélites do projeto europeu. A pretensão é que sejam colocados em três órbitas diferentes 30 satélites, cobrindo a totalidade do globo terrestre com uma rede de estações de controle em terra.
"O Brasil já desenvolveu uma família de lançadores e, se tiver capacidade para tal, não será excluída a possibilidade de que os satélites também possam ser lançados da base de Alcântara", afirmou Onidi, que foi um dos participantes do ExpoGPS 2004, realizado em São Paulo. Ele ainda destacou que os europeus pretendem atrair empresas brasileiras para o projeto, sobretudo as das áreas de gestão e de recursos hídricos, agricultura de alta precisão, prospecção de petróleo e mineração. "O Brasil poderia gerar serviços inovadores que seriam comercializados em todo o mundo, assim como poderia ser a sede, na América Latina, de um centro de promoção da navegação por satélite, da tecnologia e dos aplicativos", acrescentou.
Quanto ao custo para o país, ele afirmou que é uma decisão que depende do Brasil. "Existe a proposta de que o Brasil se torne acionista do projeto ou que faça uma contribuição em espécie, ou seja, o país poderia oferecer estações locais em solo para ajudar a gerir a infra-estrutura".