Empresários pagam R$ 27 mil para implantar o circuito, que os monitora durante 24 horas. Celular com GPS é mais popular e chega a 500 mil pessoas Celulares com GPS, veículos com rastreadores, chip escondido no sapato, microchip implantando sob a pele, coletes à prova de balas embaixo do uniforme das crianças.

O medo de seqüestros e seqüestros-relâmpagos tem levado muita gente, em São Paulo, a apostar na tecnologia como aliada. Para Ricardo Gomes dos Santos, analista de sistema, o celular é mais do que um aparelho para falar: o dele é equipado com GPS, um instrumento que mostra com precisão onde o telefone está, e conseqüentemente, seu dono.

"É uma segurança a mais e, em caso de seqüestro-relâmpago, pode ajudar a polícia a me localizar", analisa Santos, que pagou R$ 1.000,00 pelo aparelho. Lançado há 2 meses, o celular localizador já foi adquirido por 500 mil pessoas, 70% delas moradores do estado de São Paulo.

Outra forma de tecnologia que está virando febre é o rastreador de veículos, que também funciona com GPS. Em uma central, através de computadores, é possível saber, durante 24 horas, onde o carro está. Além disso, um botão – chamado de botão de pânico – é colocado ao alcance do motorista.

Ao acioná-lo, a vítima liga um microfone que repassa à central toda a conversa que ocorrer dentro do carro. No Brasil circulam hoje 250 mil veículos com rastreadores, dos quais, 175 mil em São Paulo. A instalação custa R$ 2.200,00 e os principais usuários são empresários da classe alta que temem ser seqüestrados.

Outra maneira que as famílias paulistanas encontraram para tentar dar mais segurança a seus filhos é mandá-los para a escola com coletes à prova de balas sob o uniforme.

Importado de Israel, o modelo infantil veste crianças de até 12 anos e têm sido comprados por empresários e grandes executivos que temem que seus filhos possam ser atingidos por tiros durante um seqüestro ou tentativa de seqüestro.

Pequenos chips, fabricados nos Estados Unidos, são "companheiros" diários de centenas de empresários paulistas, assustados com a violência urbana. Quase invisíveis, são colocados em relógios, cintos e saltos de sapatos e possibilitam o rastreamento de quem estiver usando.

Em caso de seqüestro, a polícia consegue localizar rapidamente a pessoa e o seu cativeiro. A proteção não custa barato: aproximadamente R$ 8 mil. Também de fabricação americana há o microchip que é colocado sob a pele do usuário que passa a ser monitorado, 24 horas, por uma central.

Esse tipo de microchip está sob a pele de 40 empresários – 25 deles, paulistanos – que se sentem alvos potenciais de seqüestros. Alguns deles, inclusive, decidiram desembolsar R$ 27.000,00 para a implantação depois de já terem sido vítimas desse tipo de crime.

Informações do Jornal Diário de São Paulo