Recife foi sede entre 28 e 29 de junho do I Workshop sobre Territórios Quilombolas, promovido pela Coordenação Geral de Regularização de Territórios Quilombolas do INCRA, o Departamento de Engenharia Cartográfica da UFPE e o Departamento de Geodésia e Engenharia Geomática da Universidade de New Brunswick – UNB/Canadá.

Como parte das atividades do Projeto Infra-Estrutura Geoespacial Nacional (PIGN) – uma cooperação técnica entre os governos brasileiro e canadense – o evento registrou a participação de 157 profissionais de diversas áreas como  procuradores; promotores do Ministério Público; técnicos e engenheiros do INCRA e institutos de terra; antropólogos; líderes de comunidades quilombolas;  dirigentes de ONGs; advogados; professores; pesquisadores e estudantes.
 
A organização afirma que o workshop “cumpriu os objetivos de contribuir para um melhor entendimento do processo de regularização de territórios quilombolas, através da promoção de debates entre as comunidades, ONGs, universidades e as diversas instituições envolvidas".

Polêmica
 
Divulgado pelo MundoGEO no início de junho, o evento gerou polêmica em vários grupos de discussão na internet, principalmente sobre quais locais  foram de fato quilombos no passado.
 
Nem todos os quilombos originaram-se de escravos fugidios. Alguns foram constituídos após a abolição, quando agrupamentos de ex-escravos que não puderam se integrar ao mercado de trabalho recolheram-se para áreas com acesso à terra via posse, formando comunidades.

Hoje, num sentido de afirmação cultural e política, algumas organizações de afrodescendentes se autodenominam quilombos.
 
O assunto continua sendo assunto de debate em alguns fóruns. Os resultados obtidos no workshop poderão nortear as discussões.

Os arquivos das apresentações podem ser vistos em http://www.ufpe.br/decart/wsquilombola/palestras.html