Michael Jones, chefe de tecnologia do Google Earth, Maps and Local, e Franz Leberl, diretor da Microsoft-Vexcel, apresentaram para o público do GEOBrasil Summit as novidades dos programas de localização via web das suas empresas.

Jones falou sobre as três versões do Google Earth (Personal, Professional e Enterprise), suas aplicações para consumidores, empresários e governos e sobre a popularização do Google Earth Personal, que registrou só no ano passado 100 milhões de downloads.

“Muitas pessoas no mundo têm problemas e não sabem como resolvê-los. Este é o nosso trabalho, procurar soluções para os usuários”, disse Jones, que apresentou exemplos da utilização dos programas Google Earth e Google Maps, como no auxílio à Cruz Vermelha para encontrar abrigos no território americano após o desastre causado pelo furacão Katrina.

Segundo o executivo, com poucos cliques consumidores encontram restaurantes, hotéis e serviços existentes na região; imobiliárias podem mostrar a seus clientes onde estão construindo prédios; ambientalistas têm uma visão dos problemas que estão ocorrendo nas florestas, etc.

“Hoje em dia, as pessoas se localizam utilizando o Google Earth e, no próximo ano, 10% dos usuários do programa também poderão fazer modelagens de suas residências para que apareçam em 3D na internet”, informou Jones, complementando a informação sobre a compra da SketchUp (empresa que fornece a ferramenta para modelagem de imagens) pela Google.


Modelagem 3D de um edifício no Google Earth

A quarta versão do Google Earth foi lançada no mês passado, com suporte para vários idiomas e compatibilidade com os sistemas Windows, Macintosh e Linux.

Windows Live Local

Franz Leberl, da Microsoft, também comentou sobre a evolução do programa de mapas virtuais da empresa, que este ano ganhou a denominação de Windows Live Local, e de suas utilidades.

“Pontos e objetos de interesse do público, locais para aplicação de negócios, condições do tempo e do tráfego, entre outros, podem ser mostrados de uma outra perspectiva”, disse.

Segundo o executivo, a disponibilidade do mapeamento virtual é uma ferramenta de busca de dados e já está sendo utilizada para verificar a funcionalidade de plataformas de petróleo e do fluxo de dinheiro entre agências bancárias; controle em aeroportos; indústria imobiliária; agências de preservação histórica; área criminal; de transportes; etc.

“A área da geoinformação está cheia de oportunidades para novos negócios, estamos entrando no mundo digital e ainda não o entendemos muito bem, mas informações geospaciais estão em qualquer lugar o tempo todo”, completou Leberl.

De acordo com o levantamento feito pela Microsoft, com o mapeamento do mundo inteiro na internet serão utilizados 22 Peta Bytes para armazenamento dos dados.

Leberl citou uma entrevista dada por Bill Gates em 2005, na qual comentou que dentro de cinco anos as pessoas iriam andar pela cidade e pelas lojas de Londres em um plano virtual. Segundo Franz, a afirmação parecia muito ambiciosa na época, mas que provavelmente algo revolucionário ocorrerá nos próximos anos.

O diretor da Microsoft-Vexcel também falou sobre a nova tecnologia Preview, que permite ao usuário visualizar na tela a imagem do percurso (registrada anteriormente por uma câmera digital) como se estivesse dentro do carro. Por enquanto o serviço possui apenas 100 milhas gravadas das ruas dos Estados Unidos.

Os executivos não falaram sobre planos concretos para o mapeamento e a disponibilidade de dados do território brasileiro, mas concordam que o país é muito importante e que as empresas possuem projetos que só serão divulgados após a concretização.