Decifrar e desenvolver o mercado de geotecnologia é um desafio para nossa comunidade

As características tecnológicas inerentes à área de geotecnologia tendem a induzir as empresas e instituições que desenvolvem serviços a se posicionarem mais pelos produtos que comercializam do que propriamente pela forma de seu relacionamento com o cliente e reputação no mercado.

É importante lembrarmos que o cliente não está mais fora do negócio das empresas fornecedoras de serviços, ele é parte integrante de seu negócio. O cliente sim representa seu maior ativo, a fonte de seu fluxo de caixa e co-responsabilidade no posicionamento de sua empresa e de sua marca.

O cliente não quer e não pode mais ter um papel secundário neste processo. O cliente entende cada vez mais o negócio das empresas fornecedoras na medida em que seus produtos e serviços possam lhe trazer benefícios e ajudá-lo na solução de seus problemas presentes ou futuros.

Assim, é cada vez mais importante para seu adequado posicionamento, que as empresas do setor saibam responder com propriedade o quanto e de que maneira o negócio da sua empresa afeta o negócio do seu cliente.
O cliente é global. Existe uma transferência de poder no mercado cada vez maior para os consumidores e compradores e a internet muito tem contribuído para o ritmo em que esse processo acontece.

Quem saberia dizer quantos consumidores a mais no mundo passaram a entender ou perceber o negócio de geotecnologia após o Google Earth? Qual é o novo tamanho do mercado de geotecnologia no Brasil e no mundo? Como ele pode ser segmentado? Quais são as variáveis e os parâmetros que delimitam este setor de negócio e serviços?

Já fazem parte deste “mercado maior” a Microsoft e a Google, que representam respectivamente a primeira e a sétima marca mais valiosa do mundo. É preciso sentir e entender o mercado, seu fluxo de energia. É preciso se movimentar, estudar, aprender, se posicionar, avaliar as competências técnicas e de gestão para poder interferir e construir os cenários dos futuros negócios.

Mas é preciso fazer mais pelo cliente. É necessário ir além da evolução tecnológica que ele requer, ir além do fornecimento de produtos de qualidade e preços competitivos. É preciso passar de um modelo de negócio baseado na cadeia de fornecimento para um modelo de negócio baseado na cadeia de demanda. É preciso construir valor e reputação da sua marca em vez de apenas gerar vendas a curto prazo. É preciso desenvolver um relacionamento com o cliente e relacionamento é o que o cliente devolve para você e não o que você fornece para ele.

Iara Musse Felix
Intare Integrando Conhecimento
imussi@uol.com