O arquipélago de São Tomé e Príncipe dispõe, a partir de dezembro, de mapas geológicos da ilha de São Tomé na escala 1:25.000.

A ação faz parte de uma cooperação entre autoridades de Portugal e de São Tomé e Príncipe, envolvendo geólogos e técnicos que retomaram trabalhos sistemáticos de campo e laboratório que haviam sido desenvolvidos pelas instituições portuguesas nessas ilhas nos anos de 1942 a 1962 e 1990, tendo sido interrompidos a partir desta data.

A execução da carta geológica levou cerca de 5 meses de trabalhos de campo na ilha de São Tomé, entre 1994 e 2002, interpretações fotogeológicas e análises petrográficas, além de trabalhos de laboratório como análises químicas de minerais, geoquímicas e geocronológicas.

A carta geológica agora editada é um documento científico e técnico que sintetiza, sobre uma base topográfica, informações relativas aos materiais que ocorrem na região abrangida pelo mapa e aos fenômenos que os afetam. Essa informação diz respeito à:

– natureza e distribuição espacial das diferentes rochas;
– posição, altitude e idade dessas formações rochosas;
– acidentes tectônicos;
– localização de poços, nascentes naturais, furos de sondagem, pedreiras, etc.

A carta é uma ferramenta importante para a caracterização e aproveitamento dos recursos naturais, planejamento e diversificação de culturas em que a natureza do substrato rochoso tem que ser tida em conta, manutenção e planejamento de vias de comunicação, exploração de materiais de construção, resolução de problemas hidrogeológicos, avaliação de riscos e gestão ambiental, e pode ter ainda implicação direta ou indireta em sectores como a agricultura e o turismo.

O país fica assim dotado dum instrumento importante que vai de encontro a intenção do governo em reduzir a falta de eficácia na gestão de recursos.

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