O governo brasileiro confirmou na semana passada que o satélite de sensoriamento remoto Cbers-2B será lançado em setembro. O anúncio foi feito por Gilberto Câmara, diretor do Inpe, em São José dos Campos.

Antes de ser lançado ao espaço, o Cbers-2B vai receber os ajustes finais na China. Este é o momento de "aposentar" o Cbers-2, pois cada satélite do gênero tem vida útil de dois anos.

Programa Cbers

Desde 1988, a China é parceira do Brasil na montagem do satélite Cbers, que faz parte do programa espacial brasileiro. O primeiro satélite, o Cbers-1, foi lançado em outubro de 1999. O segundo, chamado de Cbers-2, entrou em órbita em 2003.

A produção desses satélites, que captam imagens do desmatamento na Amazônia, do crescimento de áreas urbanas ou até mesmo de zonas propícias à reforma agrária, colocou o Brasil na dianteira da tecnologia para o fornecimento de dados de sensoriamento remoto.

De acordo com Inpe, a parceria com a China fez com que o país se tornasse o maior distribuidor de imagens orbitais do mundo. O funcionamento do Cbers-1 e do Cbers-2 permitiu a criação de um banco com 300 mil imagens na internet, que pode ser acessado por qualquer pessoa.

Cerca de 1.500 instituições, entre universidades, escolas e empresas, usam o serviço. O acervo do programa espacial pode ser visto no site www.dgi.inpe.br/CDSR