Desde a incorporação das habilidades espaciais aos sistemas gerenciadores de banco de dados (SGDB), os benefícios proporcionados pela localização espacial da informação têm se revelado rapidamente às grandes empresas.

Mesmo assim, os dados espaciais, na maioria das vezes, não recebem os mesmos cuidados dispensados às “informações convencionais” e acabam se acumulando nas empresas em grandes “depósitos de dados”.

Os resultados obtidos a partir das análises feitas sobre os dados espaciais são inseridos, quase que artesanalmente, dentro dos sistemas de informações que realmente suportam os processos de tomada de decisão dessas empresas. Nota-se, com isso, que a simples transição dos arquivos pessoais para bancos de dados corporativos não atende aos pré-requisitos deste tipo de sistema.

Fatores

Este cenário pode estar relacionado a diversos fatores: o alto teor de especificidade na gestão das informações espaciais; a complexidade dos sistemas de informação geográficas, usados na inserção, no tratamento e na análise dos dados espaciais; e a escassez dos recursos de interoperabilidade, comuns nesses tipos de sistemas usados até então.

Os novos sistemas GIS não apenas estão muito mais simples de operar, como também oferecem recursos para interoperabilidade quanto aos dados e aos sistemas. Este último, mais recente, será por certo o grande responsável por proporcionar a inclusão definitiva das bases de dados espaciais “no mapa” dos sistemas corporativos.

Estes sistemas de última geração são capazes de oferecer e de consumir serviços pela web, graças a uma arquitetura orientada a serviços denominada Service Oriented Architecture (SOA), utilizada em sua construção. Os sistemas concebidos neste tipo de arquitetura permitem a troca de mensagens que comunicam, quando solicitado, o estado mais atual dos objetos mantidos dentro de cada um deles.

Esta habilidade tem sido explorada como o estado da arte na integração de sistemas, e oferece a possibilidade de alcançar uma melhor utilização da infra-estrutura de TI ao permitir, por exemplo, a centralização não apenas dos dados como também das aplicações.

Com os novos sistemas centralizados de GIS é possível levar a informação espacial aos mais variados perfis de usuários e por meio de interfaces simplificadas, onde a geografia é apresentada da maneira mais característica, como um mapa ou fica implícita de alguma forma.

A informação espacial pode estar relacionada a diversas interfaces de um mesmo negócio. Explorar todo o seu potencial, no entanto, pode ser uma questão de investir mais tempo e atenção na concepção dos modelos de dados espaciais, buscando identificar onde há aderência com os processos corporativos.

Difusão das informações

Os sistemas GIS deram dois passos muito importantes na direção de difundir a informação espacial dentro das empresas: o primeiro com os bancos de dados espaciais e agora com as arquiteturas de sistemas orientadas a serviços.

Da perspectiva tecnológica, as barreiras foram removidas. As informações espaciais já podem residir em harmonia e responder aos mesmos preceitos de validade, veracidade, unicidade e integridade aplicados às demais informações corporativas.

Da mesma forma, os sistemas de informação geográfica oferecem todos os recursos necessários para uma integração completa da informação espacial com virtualmente qualquer outro sistema corporativo que responda às questões críticas.

AES Eletropaulo

A AES Eletropaulo é uma das empresas que já utiliza a tecnologia GIS em seus sistemas, com ferramentas capazes de gerar, rapidamente, análises comparativas e relatórios que fornecem uma visão geral dos negócios, identificando tendências, otimizando recursos e prevenindo perdas.

Segundo Silvio Baldan, engenheiro da AES Eletropaulo, a empresa está em busca constante pela excelência operacional e o primeiro passo já foi dado através da implementação da ferramenta de Projetos de rede elétrica denominada PROJETAR, baseando-se no software ArcFM/Designer da família ArcGIS, em parceria com a empresa IMAGEM.

“Uma característica importante é a sua integração direta com a plataforma do sistema GIS atualmente em uso, envolvendo conceitos de geoprocessamento em ambiente corporativo”, afirma. Baldan aponta também para 2007 o desafio de alinhar ainda mais seu sistema de informações corporativas GIS às necessidades do seu core business (distribuição de energia elétrica) democratizando suas informações às demais áreas da empresa.

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