Analisando imagens (aerolevantamento e imagem de satélite) provenientes de 24 anos de ações antrópicas, foram levantadas as atuais condições da micro bacia do rio Km 119, no município de Campo Mourão – PR, com a utilização de técnicas computacionais como o sistema de informações geográficas (Spring) que facilitam a manipulação das imagens, utilizou-se a legislação ambiental  como base para observar as irregularidades presentes no local.

A falta de planejamento urbano é um dos grandes agravantes da degradação dos recursos naturais em um todo o percurso do rio Km 119 a agricultura e a urbanização expandiram-se, ao longo do período estudado, em direção ao rio diminuindo assim a vegetação presente no entorno do mesmo, servindo o estudo como base para a implantação de um plano de manejo que poderá vir a resolver o problema no qual se encontra a micro bacia.

As imagens em questão são, foto proveniente de levantamento aerofotogramétrico do ano de 1980 representada em uma escala 1/25.000, e uma imagem de satélite de 2004  está representada em uma escala de 1/50.000, Landsat 5.  Foi fotointerpretada utilizando a composição R banda5, G banda 4 e B banda 3, depois utilizou-se a visualização  monocromática através da banda 5, que facilita a diferenciação entre vegetação, rio e  malha urbana.

Depois foi criado um Plano De Informação (PI), no qual foram identificados e destacados através da digitalização de polígonos os diversos usos do solo percebido nas imagens, está digitalização serviu para a  classificação da  vegetação da microbacia, para identificação dos objetos presentes na imagem foi utilizado a diferenciação das tonalidades dos objetos visualmente e com o auxilio do Código Florestal Lei 477165 e alterações, foi verificado se a vegetação atual está dentro dos padrões exigidos por lei para a conservação dos recursos hídricos

Porém notou-se  que as faixas de proteção exigidas por lei não são respeitadas e se encontram praticamente inexistentes, visto que é fácil avistar edificações e campos cultivados a margens de nascentes, e ao longo de seu curso, as imagens apresentadas nos dá uma  noção da condição em que se encontra a microbacia do rio Km 119, parte de vegetação ciliar está praticamente exterminada restando poucas manchas de vegetação quase sempre não muito expressivas, visto que o corpo hídrico, praticamente corta todo o município em seu curso. 

Em função da diferença de escalas das imagens não se pode fazer uma comparação numérica (área) mostrando a área que foi desflorestada.  Mas pode-se faze ruma comparação categórica do que ainda resta de vegetação, observando as duas imagens é visível o que o passar de 24 anos de usos irregular e falta de planejamento causaram, trechos antes que apresentavam uma cobertura vegetal significativa hoje se encontram praticamente desfavorecidos de vegetação.

Contudo, um olhar mais atento já se notava que mesmo em 1980 o crescimento de campos cultivados e o próprio desenvolvimento e crescimento urbano já oferecia perigo à floresta ciliar do local,observando os pontos selecionados nas duas imagens nota-se a acentuada degradação vegetal sofrida, o ponto 1 e 1A mostram uma pequena parte do rio onde a vegetação foi substituída pela expansão da malha urbana.

Já os pontos 2 e 2A exemplificam a retirada da floresta ciliar para abertura de espaço voltado ao cultivo da terra, estas informações foram confirmadas com saídas a campo, ressaltando as condições presentes do local em comparação as suas condições no ano de 1980 é possível dizer que o corpo hídrico encontra-se em real processo de desaparecimento, visto que a falta de vegetação em seu entorno poderá acarretar o assoreamento do rio, alem da poluição que ocorre na forma de todos o tipos de  dejetos lançados em seu curso.

vegetação
->Vegetação em 2004

vegetação
->Vegetação em 1980