Algumas aplicações requerem informações mais precisas do que as fornecidas pelos sistemas GNSS atuais. Uma das formas com que se consegue isso é pela implementação de sistemas de aumentação, que incrementam a precisão através da incorporação de estações base, cujas posições são conhecidas de tal forma que os erros dos satélites podem ser calculados e corrigidos.

Nesse sentido, existem Sistemas de Aumentação Baseados em Solo (Ground Based Augmentation Systems – GBAS) e também Sistemas de Aumentação Baseados em Satélites (Satellite Based Augmentation Systems – SBAS). Dentre os SBAS, há o WAAS nos EUA, o MSAS no Japão, o Egnos na Europa, entre outros em desenvolvimento.

Grande parte dos países desenvolvidos já tem o seu sistema de aumentação GNSS. Na América Latina, está em fase de projeto e de negociações entre países um sistema de aumentação para a região do Caribe, América do Sul e Central, chamado Saccsa. A arquitetura do Saccsa prevê um sistema modular e escalável, que poderá ser implantado em etapas e que será compatível com outros sistemas SBAS existentes e em desenvolvimento.

O Brasil ainda tem uma postura isolacionista sobre esse sistema, e ainda não entrou de cabeça no projeto. Por outro lado, está em fase final o plano de expansão e modernização das redes de monitoramento contínuo RBMC e RIBaC, com o objetivo de fornecer aos usuários precisão melhor que um metro, em tempo real e em modo absoluto.

Fruto de uma cooperação internacional, o projeto de implementação do sistema de correções em tempo real é baseado no sistema canadense CDGPS, e deverá estar disponível aos usuários de todo o Brasil e também de países vizinhos nos próximos meses.

Destaques desta edição

Veja nesta edição um artigo da Diretoria de Serviços Geográficos do Exército, sobre o projeto de implementação da infraestrutura nacional de dados espaciais, e também um texto sobre a proposta do Ministério das Cidades de diretrizes para o cadastro territorial multifinalitário.

Nas colunas Agrimensura e GeoQuality, os assuntos são o posicionamento absoluto preciso e o uso da tecnologia GNSS para a produção de cartografia digital, respectivamente. Já na seção Tutorial, veja como fazer o levantamento cinemático sem o uso da coletora, utilizando satélites dos sistemas GPS e Glonass.

Vamos Mapear o Brasil?

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Eduardo Freitas Oliveira
Engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIG
Editor da Revista InfoGNSS Geomática
eduardo@mundogeo.com