Um novo termo bombou nos últimos dias em blogs e sites de geoinformação: GeoCloud. O hype em torno da nuvem geo vem de “cloud computing”, a expressão do momento em Tecnologia da Informação. Nomes de peso como Amazon, Dell, IBM e Yahoo já anunciaram planos e investimentos na área. A Microsoft lançou um projeto específico de computação em nuvem, o Live Mesh, e o instituto de pesquisa Gartner apresentou um relatório que aponta o cloud computing como uma das três mais importantes tendências emergentes nos próximos anos.

Porém, ainda não há consenso sobre a definição completa dessa tal “computação em nuvem”. Em termos gerais, cloud computing pode ser definido como um modelo no qual o processamento, o armazenamento e os softwares estão em algum lugar da rede, e são acessados remotamente via internet. Significa que alguém assume a responsabilidade de entregar algumas funções de TI, como serviços para alguns clientes, sem que eles necessariamente saibam como o sistema funciona e onde estão os dados.

O chefe de tecnologia do Consórcio Geoespacial Aberto (OGC, na sigla em inglês), Carl Reed, definiu o cloud computing em um artigo recente. Para ele, o termo nuvem vem do fato de o símbolo ser usado freqüentemente para representar a internet. Dessa forma, cloud computing refere-se a usuários, desenvolvedores e aplicações capazes de acessar recursos de computação diretamente da “nuvem”, sendo tais recursos geralmente pertencentes e operados por uma terceira parte.

A adição do termo geo mostra que os recursos de computação têm algum aspecto geoespacial. Assim, a GeoCloud seria um passo à frente em relação à computação em grade (grid computing) e à Arquitetura Orientada a Serviços (SOA, na sigla em inglês). Ainda segundo Carl Reed, para que a GeoCloud funcione corretamente é necessária a definição de padrões, o que é uma das atribuições do OGC.

Um fator chave para a computação geoespacial em nuvem é que o conteúdo e os serviços possam ser facilmente acessados, integrados e executados. Além disso, a habilidade para pesquisar e processar informação geoespacial de múltiplas fontes, armazenadas em diferentes locais e em diferentes formatos, é outro requisito da GeoCloud.

Assim como o termo web 2.0 foi taxado de marketeiro, pois não seria nada mais do que uma evolução natural da internet, o cloud computing também tem sido considerado como a própria rede, porém com a capacidade de pesquisar e trocar informações livremente. A GeoCloud vai incentivar ainda mais o uso de dados geoespaciais na web, já que qualquer internauta poderá, sem qualquer conhecimento especializado no assunto, pesquisar, acessar e compartilhar informação geográfica.

Veja mais sobre os padrões do OGC em www.opengeospatial.org.

Top 25

Uma pesquisa feita com o serviço Technorati, uma espécie de barômetro da blogosfera, mostrou os 25 blogs de maior audiência na área de geoprocessamento, geoweb e cartografia:

O’Reilly Radar Geo Blog – http://radar.oreilly.com/geo
Strange Maps – http://strangemaps.wordpress.com
Google Earth Blog – http://gearthblog.com
Google Maps Mania – http://googlemapsmania.blogspot.com
Ogle Earth – http://www.ogleearth.com
All Points Blog – http://apb.directionsmag.com
James Fee GIS Blog – http://www.spatiallyadjusted.com
The Map Room – http://www.mcwetboy.net/maproom
The Beer Mapping Project – http://beermapping.com
Geobloggers – http://www.geobloggers.com/archives
Mapperz – http://mapperz.blogspot.com
Very Spatial – http://veryspatial.com
Bret Taylor’s Blog – http://bret.appspot.com
Mibazaar – http://www.mibazaar.com
Dave Bouwman – http://blog.davebouwman.net
Ed Parsons – http://www.edparsons.com
What is so special about Geospacial? – http://joesonic.com/blog
Chris Spagnulo’s Geoscrum – http://www.chrisspagnuolo.com
AnyGeo – Anything Geospatial – http://gisuser.blogspot.com
Mandown – http://mandown.co.nz
The Earth Is Square – http://www.earthissquare.com
Mapdango – http://www.mapdango.com
GIS Lounge – http://gislounge.com
Mapping Hacks – http://mappinghacks.com/
Geography Matters – http://blogs.esri.com/roller/page/geographymatters

Por Eduardo Freitas Oliveira