InfoGEO: Na sua opinião, qual é a melhor solução para mapear e atualizar mapas no Brasil?
Wagner Pacífico: Imagens aéreas periódicas, de acordo com o índice de desatualização de cada região, combinadas com levantamento de campo especializado, deve ser a melhor solução para atualizar ruas de cidades. No Brasil, poucas prefeituras têm o controle do seu mapeamento, e raramente são capazes de distribuir essa informação para outras finalidades. Esse é o elo que falta para que muitos recursos destinados à produção e atualização de mapeamento no Brasil sejam efetivos.
IGEO: Existe alguma estratégia, na sua empresa, para usar a capacidade ociosa de produção cartográfica?
WP: A Multispectral atende às necessidades de seus clientes, o que raramente nos deixa ociosos. No entanto, sempre que isso aconteceu, nossa empresa investiu sua capacidade ociosa em atualização. Antes de ver isso como estratégia, vemos como um esforço constante para um trabalho que nunca terá fim.
IGEO: Sua empresa tem como política investir em mapeamento para depois comercializá-lo?
WP: A Multispectral produz e comercializa mapeamento há quase 20 anos, sendo esta a sua política principal.
IGEO: Qual sua opinião sobre o trabalho do IBGE e da Concar na organização da cartografia e na montagem de projetos de mapeamento em âmbito nacional?
WP: Não tenho conhecimento abrangente sobre esse assunto, mas conheço algumas iniciativas do IBGE. Considero esse trabalho de grande importância para o Brasil, e acredito que os órgãos do governo precisam contar com o apoio de empresas privadas para o sucesso desses projetos.
IGEO: Caso você estivesse em uma posição de tomada de decisão no governo federal, o que faria para dinamizar a cartografia no Brasil?
WP: Criaria um caminho para que empresas privadas e prefeituras pudessem se organizar para investir num mapeamento único.
