O Manifesto Shapefile 2.0 tomou corpo na geoblogosfera nos últimos tempos. Segundo ele, os sistemas de informação geográficos são direcionados pelos dados, por natureza. Os dados vêm das mais variadas fontes, vetoriais e raster, sendo os primeiros ideais para entidades bem definidas, e o segundo para fenômenos que variam continuamente.

Três dos principais formatos de arquivos vetoriais em GIS são AutoCAD DXF, MapInfo TAB e ArcGIS Personal Geodatabase. Porém, um formato é único, por ser tanto um formato aberto como ser de uso extensivo, o Shapefile.

O formato Shapefile está publicamente documentado pela Esri, sua criadora. Praticamente todo software de GIS pode ler e gerar dados nesse formato, o que o tornou um denominador comum, segundo as palavras do manifesto. O Shape acabou se tornando o formato para compartilhamento de dados vetoriais entre equipes, departamentos, empresas e agências governamentais.

Ainda segundo o manifesto, o Shapefile tem alguns entraves sérios, como por exemplo a limitação de 4 GB ou 4 bilhões de registros, enquanto nomes de arquivos são limitados a 10 caracteres.

Hoje, uma alternativa para o compartilhamento de dados é o formato de Geography Markup Language (GML), definido pelo Consórcio Geoespacial Aberto (OGC). O uso do GML vem crescendo, mas não pode-se afirmar que é um padrão global.

Sucessor

O Manifesto Shapefile 2.0 afirma que uma base de dados espaciais portável e autosuficiente (standalone) seria um bom sucessor do shapefile atual. Tal formato elevaria o mercado de GIS a um novo patamar, aumentando o uso de geoprocessamento e facilitando a edição, publicação e compartilhamento de dados geoespaciais. A ideia seria evitar o ciclo de importar, visualizar, editar e exportar dados.

Para o autor do manifesto, existem hoje três candidatos a suceder o shapefile:
1 – Geodatabase, da Esri;
2 – Spatial Data Format (SDF), da Autodesk; e
3 – Spatialite.

Leia a íntegra do Manifesto Shapefile 2.0 (em inglês)