Com 500 milhões de usuários no mundo, em suas diferentes versões de soluções de mapas online, o Google aproveita sua experiência no mercado de massa e implementa ferramentas para o mercado corporativo de GIS.
A versão “caseira” do Google Earth já está no desktop de praticamente todos os aficionados por geoinformação. As APIs do Google Maps também são simples de entender e são encontradas em sites e blogs por toda a web. Porém, companhias de todo o mundo têm investido alto em soluções empresariais do Google, gerando grande concorrência com os players tradicionais do setor de geotecnologia.
O Google Earth Enterprise é a a solução mais corporativa da companhia, pois permite a criação de um ou vários globos virtuais dentro da intranet da empresa, acessíveis a todos os colaboradores. A solução também permite a espacialização das informações nos diversos setores e bases de dados da organização, gerando um repositório único de informações georreferenciadas.
A versão Pro, por outro lado, é uma solução stand-alone que possui recursos avançados em relação ao Google Earth gratuito, para visualização e compartilhamento de informações geoespaciais. Outra opção corporativa é o Maps API Premier, a versão empresarial do Google Maps, com contrato de garantia de nível de serviço e suporte aos clientes.
Ação e reação
As empresas de geotecnologias, ao verem parte de seu território ameaçado pela presença de companhias de TI, têm lançado constantemente aplicações gratuitas e mais simples, para visualização e compartilhamento de dados, mostrando ao mercado que Google, Microsoft, Yahoo e similares não são as únicas opções na GeoWeb.
Com tudo isso, pode-se esperar por um tempo de grandes transformações nesse setor, com o surgimento de novas soluções das empresas de TI e modelos de negócios alternativos e inovadores das companhias de geotecnologia. Quem ficar parado vai perder o bonde da história.
Aero
Nesta edição inauguramos uma seção de notícias exclusiva para o setor de aerolevantamentos, batizada de “Aero”. O espaço estará disponível nas próximas edições para a divulgação das novidades, tendências, casos de sucesso e novos projetos no setor de levantamentos com sensores aerotransportados, sejam eles óticos, radar ou laser, tripulados ou não. Fique ligado!
Eduardo Freitas Oliveira
É engenheiro cartógrafo, técnico em edificações e mestrando em C&SIG
Editor da revista InfoGEO
eduardo@mundogeo.com