O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em cooperação com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), inaugurou recentemente 11 novas estações da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo GNSS, localizadas em Barreiras (BA), Fortaleza (CE), Balsas (MA), Altamira (PA), Itaituba (PA), Colorado d’Oeste (RO), Rio Paranaíba (MG), Varginha (MG), Araçatuba (SP), Campinas (SP) e Ubatuba (SP).
A Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo do Sistema GNSS (RBMC) é a estrutura de referência mais precisa do país, podendo ser utilizada tanto nas grandes obras de engenharia (construção de estradas e barragens, por exemplo) quanto na demarcação de terras (indígenas, quilombolas, de proteção ambiental, etc.). Além disso, coleta diariamente informações que permitem o cálculo das coordenadas geográficas de diversos pontos ao longo do território nacional. No caso de terremotos, como o ocorrido há poucos meses no Chile, por exemplo, foi possível determinar, por meio de estações similares espalhadas pelos países sul-americanos, o deslocamento de alguns pontos no globo terrestre.
Os novos equipamentos instalados permitem facilidades operacionais e a oferta de novos serviços, além de coletarem informações geodésicas que podem ser usadas pela comunidade científica brasileira. A RBMC é ainda o elo direto entre o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e redes internacionais similares. Com a crescente utilização das técnicas de posicionamento baseadas no GNSS, seu papel é cada vez mais relevante na definição da ocupação do solo.
Os dados e relatórios de todas as estações podem ser acessados no portal do IBGE e também no servidor de FTP. As informações são organizadas em relatório, sempre referentes ao dia imediatamente anterior, e trazem a precisão em centímetros, com o intervalo de tempo de 15 segundos.
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