Michael Keller do USFS passa a atuar como pesquisador convidado. (Crédito: Graziella Galinari )

Um convênio de cooperação técnica e financeira foi assinado, na última semana, entre o Serviço Florestal Americano (USFS), órgão vinculado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a Embrapa e a Fundação Arthur Bernardes (Funarbe) para a execução do programa de pesquisa e desenvolvimento “Paisagens Sustentáveis”.

O programa tem a missão de desenvolver capacidade técnica, baseada em geotecnologias como o sistema LiDAR, para medir e mitigar os efeitos do dióxido de carbono e outros gases responsáveis pelo efeito estufa. A coordenação do programa é do cientista do Serviço Florestal Americano Michael Keller, que passa agora a atuar como pesquisador convidado na Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas (SP).

O programa “Paisagens Sustentáveis” é financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e envolve vários parceiros no Brasil. Com foco no monitoramento, relato e verificação, o projeto vai desenvolver capacidade técnica para atuar no REDD+, mecanismo de redução de emissões de desmatamento, degradação florestal e reconhecimento do papel do manejo florestal, conservação e aumento de estoques de carbono florestal.

A iniciativa visa desenvolver métodos para extrapolar medições locais de carbono e outros gases estufa provenientes de manejo florestal ao nível nacional, a partir de modelos e técnicas inovadoras, contribuindo para a formulação do inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa.

O plano de trabalho, definido a partir da chegada do pesquisador à Embrapa Monitoramento por Satélite, está focado na aplicação de dados LiDAR – sistema laser aerotransportado.

O programa prevê a ampliação da capacidade computacional instalada na Embrapa para armazenar, processar e distribuir dados LiDAR obtidos pelo projeto, a capacitação de técnicos para o processamento, análise e interpretação dos dados para mensuração de carbono e a aquisição de dados LiDAR aerotransportado em localidades nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.

O projeto prevê ainda a organização de um curso avançado para estudantes, pesquisadores e profissionais em técnicas para contabilização de carbono no âmbito do REDD+. O curso irá focar no carbono presente na vegetação e incluirá técnicas baseadas em medições locais e em produtos de sensoriamento remoto.

Conheça a nova rede social GeoConnectPeople.