No Centro Regional Sul do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CRS/Inpe), em Santa Maria  (RS), o Núcleo de Pesquisa e Aplicação de Geotecnologias para Desastres Naturais e Eventos Extremos (Geodesastres-Sul) utilizou imagens de satélites para mapear as áreas recentemente atingidas pela estiagem no Sul do Brasil.

O Inpe realizou o mapeamento em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), através do Laboratório de Estiagem para a Região Sul do Brasil (LESul), mantido por ambas as instituições para analisar a dinâmica da vegetação nos estados de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, entre outras pesquisas e atividades.

O levantamento dos municípios da região Sul mais afetados entre os meses de novembro e janeiro, bem como os mapas, estão disponíveis para donwload.  Todas as informações foram enviadas à Defesa Civil dos três Estados. Nos mapas, o estado da vegetação é classificado em sete níveis que variam do extremamente seco ao extremamente verde.

“Vemos nos mapas uma enorme diferença entre a primavera e verão, revelando como a estiagem se agravou desde setembro”, comenta a pesquisadora Tania Maria Sausen, responsável pelo Núcleo Geodesastres-Sul do Inpe.

As imagens de satélites mostram que na primavera a seca atingia 18,6% da área da região Sul. Na primeira imagem obtida no verão (correspondente ao período 19/12/2011 a 01/01/2012), a estiagem já atingia 54,7%. Na segunda imagem (01/01/2012 a 16/01/2012) a área atingida pela estiagem é de 49,1%. A redução do percentual entre as duas imagens obtidas no verão reflete a ação das chuvas que ocorreram no período.

Os dados da região comprovam que, tanto na primavera como no verão, o Rio Grande do Sul foi o mais afetado, pois chegou a ter 58,7% de sua área atingida pela estiagem. O Estado é seguido pelo Paraná, que antes das chuvas tinha 54,3% de seu território sob os efeitos da seca. Confira aqui o cálculo da área de estiagem no Sul.

Mapa estiagem inpe
Estiagem no Rio Grande do Sul de 1º a 16 de janeiro

Fonte: Inpe